Cosulati anuncia ampliação de fábrica no RS

No dia em que completa 32 anos de atividades, a Cooperativa Sul-Rio-Grandense de Laticínios (Cosulati) anuncia a ampliação da unidade de laticínios, localizada no Capão do Leão, com a construção de uma nova torre de secagem para a produção de leite em pó com capacidade para 450 mil litros de leite por dia. A empreitada deve triplicar a produção da indústria, que atualmente é de 150 mil litros por dia.

O presidente da cooperativa, Arno Kopereck, informa que o investimento gira em torno de R$ 20 milhões, desde a obra civil até a aquisição dos equipamentos.

Os recursos serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com prazo de 12 anos para pagar, dois de carência. A expectativa do presidente é de que as obras da nova torre, que será construída ao lado da atual, se iniciem no prazo máximo de um mês. A intenção é de que a unidade entre em funcionamento em um ano, com expectativa de inauguração nos 33 anos da cooperativa, em 2006.

Kopereck destaca que toda a produção será direcionada para exportação. "Desde o primeiro tijolo assentado na nova planta, serão seguidas as orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com vistas à exportação, especialmente para os mercados do México e África".

Serão produzidos leite em pó integral e desnatado em pacotes de diversas gramaturas e em lata. Será adquirido também equipamento específico para produção de leite condensado, com a destinação de pelo menos 50 mil litros por dia para este fim.

Produção

A Cosulati possui quatro mil associados e atua em 32 municípios da região Sul. Além disso, possui parceria com diversas pequenas cooperativas de assentados de Hulha Negra, Pedras Altas, Santa Vitória do Palmar, Aceguá, Bagé (Camal), São Lourenço do Sul (Coopar), Tapes (Coomag) e associações de produtores.

De julho de 2004 a julho de 2005, registrou acréscimo de produção de 53% em sua área de ação. Hoje, a empresa recebe 340 mil litros de leite por dia, fazendo com que o excedente seja levado para beneficiamento em empresas parceiras. "Este acréscimo nos mostrou a necessidade de ampliar a capacidade industrial", conta Kopereck.

Em agosto de 2005, a empresa gerou R$ 995 mil em ICMS. O faturamento em 2005 deve chegar a R$ 150 milhões. "A ampliação da fábrica além de melhorar a renda do produtor, deve gerar mais impostos e empregos indiretos no campo e em toda a cadeia produtiva".
Acredita, dizendo que o empreendimento deve gerar pelo menos 80 empregos diretos em todo o complexo.

Em um mês, deve entrar em funcionamento ainda, a segunda máquina para produção de leite longa vida e ampliada a produção de 110 mil litros para 220 mil litros por dia de leite em caixinha.

Fonte: Diário Popular/RS (por Luciara Schneid), adaptado por Equipe MilkPoint