Cooperativas de leite sinalizam crescimento
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O diretor do Departamento Econômico da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL), Vicente Netto, acredita que o desempenho da balança comercial do setor pode ser ainda melhor. A manutenção do avanço, diz Netto, passa pelo fortalecimento das agroindústrias das cooperativas.
O dirigente lembra que, devido ao crescimento das multinacionais, a participação das cooperativas de leite no mercado doméstico caiu de 60% na década de 90 para 40% no ano passado. Nos Estados Unidos, 80% do leite passa pelo setor. Mas o trabalho de retomada, desenvolvido desde julho em estados como o Paraná, já começa a aparecer. Dados da CBCL indicam que a captação de leite cresceu 1,2% no país, enquanto as seis maiores cooperativas registraram 10% de elevação, impulsionadas pela crise da Parmalat. Outro indicativo é o aumento de cinco para seis no número de cooperativas entre as 15 maiores empresas de laticínios do país.
A Cooperativa Central Agroindustrial do Paraná (Confepar) é a mais nova do grupo de elite. A união de oito cooperativas facilitou a negociação com o varejo. Houve redução de custo e conquista da produção em escala. Hoje, o grupo processa 800 mil litros/dia. O presidente da Confepar, Renato Beleze, prega a organização estratégica dos estados do Sul, com aproveitamento da capacidade ociosa e estrutura física de indústrias e cooperativas. "Buscamos uma aliança nacional entre indústrias e cooperativas dos estados para criar futuramente uma marca única das cooperativas de leite".
A idéia, que pode elevar o preço ao produtor por meio da interferência na oferta e procura, é vista com bons olhos pela (Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul - Ocergs).
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe MilkPoint
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