O litro de leite já está custando até 10,32% mais em relação a abril. O resultado da pesquisa de preços na Região Metropolitana de Belo Horizonte, divulgada ontem pelo site Mercado Mineiro, é o primeiro indício de que o produto pode subir ainda mais nas prateleiras dos supermercados, refletindo as dificuldades enfrentadas pelo produtor na época da entressafra.
A entressafra começa no período de seca, geralmente em março, pressionando o custo do leite. Com o pasto seco, o produtor rural é obrigado a investir em ração e na armazenagem em silos, encarecendo a produção. Para recuperar os gastos, ele passa a oferecer uma menor quantidade do produto no mercado, na tentativa de elevar o valor pago pelas indústrias de laticínio. Na ponta, o consumidor acaba pagando o preço dos reajustes em cadeia.
O diretor-executivo do Mercado Mineiro, Feliciano Lopes de Abreu, explica que o aumento no preço do leite já é esperado em função da mudança climática e a conseqüente queda na oferta. "Até o final de julho a tendência é o valor do litro de leite subir mais ainda", adverte.
Paraná
As últimas pesquisas de inflação, realizadas em Curitiba mostram que o preço do leite subiu nos primeiros quatros meses do ano. A estiagem do começo do ano e a chegada da entressafra, em abril, fizeram com que o produto subisse na prateleira 6,58% no mês passado, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pelo Ipardes. Outra pesquisa, a da cesta básica do Dieese, apontou variação de 3% em abril e 5% março nos valores do produto na região metropolitana de Curitiba.
A alta acima da inflação foi causada pela exportação de derivados de leite para escoar o excedente da produção. Sem sobras no mercado interno, o preço pago ao produtor melhorou. "O mercado está bom para quem tem gado de leite", diz o médico veterinário Ângelo Ronaldo Silva, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura.
As cotações mais altas no campo não puderam ser seguradas pelo varejo. "A alta no atacado chegou a quase 10% no último mês", afirma o presidente do Sindicato da Indústria Panificação (Sindipan), Joaquim Gonçalves. As padarias compravam leite longa vida, por exemplo, por cerca de R$ 1,25 em janeiro. Hoje, os preços estão na faixa de R$ 1,50 - uma variação de quase 20%. Parte desse aumento foi repassada ao consumidor e detectada pelos índices de inflação. Na maior parte das panificadoras, o longa vida passou de R$ 1,50, em janeiro, para R$ 1,70, em abril.
Fonte:MercadoMineiro e Gazeta do Povo/Paraná (por Guido Orgis), adaptado por Equipe MilkPoint
Consumidor paga mais pelo leite em MG e PR
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LEOMAR MARTINELLI
RIO GRANDE DO SUL
EM 15/05/2005
Relacionado a este artigo, qual é a perspectiva de mercado já que o dólar está em patamares muito abaixo do esperado. Em conversa com o Diretor de compras da Confepar, este mostrou-se preocupado, pois, segundo ele poderá haver uma invasão de derivados lácteos e automaticamente cessar as exportações devido o atual comportamente do dólar.
Obrigado.
<b>Resposta</b>:
Caro Martinelli,
A perspectiva é realmente de aumento nas importações de lácteos e redução nas exportações. Com o câmbio do jeito atual, a safra argentina se iniciando, o mais provável é que tenhamos aumento das importações. Aliás, historicamente isso ocorre nessa época do ano, conforme os dados dos últimos 5 anos atestam. Por outro lado, a disponibilidade de leite no país é pequena e isso de certa forma contrabalanceia as importações mais altas.
Atenciosamente,
Marcelo
Obrigado.
<b>Resposta</b>:
Caro Martinelli,
A perspectiva é realmente de aumento nas importações de lácteos e redução nas exportações. Com o câmbio do jeito atual, a safra argentina se iniciando, o mais provável é que tenhamos aumento das importações. Aliás, historicamente isso ocorre nessa época do ano, conforme os dados dos últimos 5 anos atestam. Por outro lado, a disponibilidade de leite no país é pequena e isso de certa forma contrabalanceia as importações mais altas.
Atenciosamente,
Marcelo