Condições das estradas no sudoeste da Bahia causam prejuízos

Publicado por: MilkPoint

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As condições das rodovias e estradas no sudoeste da Bahia, na área da Serra Geral - buracos, asfalto estragado e sinalização deficiente - têm sido um obstáculo para os produtores de leite na busca de melhor preço pelo litro do produto, e também para os consumidores, que acabam pagando mais caro. Por conta dessa situação, o custo dos fretes cobrados pelos proprietários dos caminhões que recolhem a produção diária nas fazendas subiu.

A interpretação é do diretor da Cooperativa Agropecuária de Guanambi (Coopag) e gerente da usina de beneficiamento, engenheiro-agrônomo Geovane Teixeira de Azevedo, que aponta o trecho da BR-030 entre Guanambi e Palmas de Monte Alto como dos piores.

Um outro, entre Palmas de Monte Alto e Sebastião Laranjeiras, de cerca de 40 quilômetros, não é percorrido em menos de duas horas. "O frete, terceirizado, encarece entre 20% e 30%, pois os donos dos caminhões cobram pelo tempo gasto a mais e pelas avarias e pneus furados", diz.

"Estradas melhores resultariam no recolhimento do leite em menor tempo, com um produto de melhor qualidade e custo mais baixo", diz o diretor, informando que a Coopag tem como meta ampliar a captação do leite em 15%, abrangendo o município de Paramirim, na mesma região. Adianta que a prefeitura do município de Sebastião Laranjeira se comprometeu em levar os pedidos de melhoria das estradas ao governador do Estado.

De acordo com Geovane de Azevedo, algumas estradas municipais estão muito ruins e começam a ficar intransitáveis com as chuvas na região. Ele cita que na terça-feira passada (dia 11), no município de Malhada, a oeste de Guanambi, a captação do leite não pôde ser feita em razão de a estrada não oferecer condição de tráfego. "A alternativa foi deixar o leite em um tanque refrigerado que temos lá para pegar no dia seguinte", diz o gerente da usina, alegando que a medida trouxe custos. De acordo com ele, a captação é feita em fazendas a um raio de 150 quilômetros de Guanambi.

A Coopag, que compra diariamente em torno de 30 mil litros de leite de cerca de 300 produtores, de dez municípios, paga de R$ 0,38 a R$ 0,40 pelo litro (ao produtor). "Isso, a depender da quantidade e qualidade", diz Geovane de Azevedo, informando que há pecuaristas que entregam o leite refrigerado, obtendo melhor preço. Explica que o preço pago aos produtores na região sul do Estado é melhor, em razão das curtas distâncias, enquanto na região de Guanambi as fazendas são distantes uma das outras.

O carro-chefe da usina de beneficiamento, instalada há cinco anos, é a produção de laticínios: queijo muzzarela, que chega a 5 mil quilos por mês, manteiga (mil quilos/mês) e iogurte, vendidos principalmente em Guanambi, Jequié, Vitória da Conquista, e em menor quantidade nos mercados de Feira de Santana e Salvador. O leite pasteurizado é vendido em Guanambi (dois mil litros por dia) e Caetité (para merenda escolar). "O preço do leite pasteurizado empata com os custos", informa.

Geovane de Azevedo diz que o queijo da cooperativa enfrenta a concorrência da produção artesanal (queijo caseiro), vendida a preços inferiores. De acordo com ele, a Coopag não tem condição de reduzir o preço do seu produto, já que os custos envolvem impostos (17%), salário de sete empregados na usina e encargos sociais.

Fonte: Jornal A Tarde, adaptado por Equipe MilkPoint
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