Cocamar investe em bebida de soja

Publicado por: MilkPoint

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A Cocamar Cooperativa Agroindustrial, de Maringá (PR), está reestruturando sua divisão de varejo, que obteve receitas de R$ 240 milhões no ano passado. Ela acaba de contratar uma consultoria para remodelar a logística de suprimentos e distribuição e prepara-se para entrar em novos mercados de produtos à base de soja, com investimentos de R$ 5 milhões. "Estamos crescendo muito nessa área e queremos nos preparar para sustentar a expansão nos próximos anos", diz Celso dos Santos Júnior, superintendente comercial e industrial da Cocamar.

O projeto é elevar o faturamento da área de varejo a R$ 500 milhões dentro de cinco anos. Em 2005, do total dos R$ 1,2 bilhão previstos em faturamento, entre R$ 260 milhões e R$ 280 milhões deverão vir das vendas de industrializados.

Com um portfólio de 16 produtos, entre néctares, sucos, bebidas à base de soja, maioneses, molhos, óleos vegetais, álcool e café, a empresa quer principalmente melhorar sua presença nos pontos-de-venda, hoje são três mil no Sul do país, São Paulo e Rio de Janeiro. "A nossa meta é dobrar esse volume dentro de dois anos e investir em novos produtos", diz Santos Júnior.

As novas linhas de produtos à base de soja serão produzidas na fábrica de Maringá, que tem capacidade para três milhões de litros por mês e que já industrializa a bebida à base de soja, um dos principais produtos da marca no varejo. Da nova safra de produtos, o primeiro a chegar ao mercado será o creme de leite de soja, em outubro, e até o final do ano deve ser lançado o leite condensado de soja. Ambos serão vendidos em embalagens cartonadas. "O iogurte ainda não temos previsão, mas vamos produzir na seqüência", diz.

Na outra ponta, o principal desafio é reduzir os custos dos estoques, hoje estimados em R$ 5 milhões, segundo o diretor de negócios da Partner Consulting do Brasil, consultoria com sede em Curitiba contratada pela cooperativa, Rui Rocha. "Vamos identificar as melhores estratégicas de distribuição, assim como garantir o bom gerenciamento da demanda do mercado. O objetivo é não apenas entregar no prazo, mas ter também o volume que o cliente deseja", afirma. Os trabalhos da consultoria devem durar 12 meses. O levantamento inicial com a análise da operação deve estar pronto em 60 dias.

Rocha, que recentemente fez trabalho semelhante na cooperativa Copacol, de Cafelândia (PR), diz que a procura das cooperativas por uma gestão profissionalizada é uma tendência. "As cooperativas investiram na industrialização dos seus produtos nos últimos anos e agora elas estão vendo que também terão que trabalhar como a indústria na gestão dos seus estoques, nas parcerias com fornecedores e no relacionamento com o varejo".

Segundo ele, em média, as cooperativas trabalham com estoques até 30% superiores aos das indústrias. Depois de mudar sua gestão nessa área, por meio de parcerias com fornecedores, a Copacol obteve economia anual de R$ 1,2 milhão, segundo Rocha. A cooperativa, que tem forte atuação no mercado de aves, criou uma divisão de logística, com orçamento anual de R$ 60 milhões, segundo Rocha.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Cristina Rios), adaptado por Equipe MilkPoint
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