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CNA: preço do leite subiu 7%

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 02/06/2004

4 MIN DE LEITURA

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O preço do leite inicia reação após seis meses consecutivos de queda. Com o início do período de entressafra, a queda nas importações e os baixos estoques de produtos lácteos no mercado, os produtores tiveram um incremento de 7% no preço recebido pelo leite. A redução de preços, iniciada em outubro de 2003, teve seu ápice em janeiro de 2004, coincidindo com o aumento de 14% da produção de leite sob inspeção, no último trimestre de 2003 e o início da crise da Parmalat. Neste período, o preço do leite recuou mais de 15%, enquanto o preço de insumos, como ração, adubos e combustíveis, subiu 4,2%, 2,7% e 1,2%, respectivamente.

A maior queda de preço ocorreu nos sistemas de produção de leite nos quais o transporte é realizado em latões, sem resfriamento. Pela ausência de poder de negociação dos produtores, nestas condições, o leite chegou a ser vendido a R$ 0,14 por litro, o que demonstra a necessidade de implementação do Programa de Incentivo à Melhoria da Qualidade da Produção de Leite dos Pequenos Produtores demandado pela Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O programa tem como objetivo proporcionar condições para viabilizar a permanência dos produtores de leite na atividade, por meio da aquisição de equipamentos indispensáveis à melhoria da qualidade do leite, com crédito facilitado, além da capacitação dos pequenos produtores e trabalhadores na atividade leiteira.

Para 2004, alguns fatores acenam para o crescimento da produção de leite. A queda nas importações, em 2003, que foram de 54,6% em valor e 61,2% em volume, quando comparado a 2002, são ainda maiores nos quatro primeiros meses deste ano. Entre janeiro e abril, o Brasil importou US$ 22 milhões, com redução de 50,4% quando comparado aos US$ 44,4 milhões importados em 2003. Em volume, a queda foi de 55,5%, passando de 33,8 mil toneladas para 15 mil toneladas.

A manutenção das medidas antidumping, somada à tendência de alta no preço das principais commodities lácteas, no mercado internacional, são bons indicativos de que as importações de lácteos devem ser as menores dos últimos doze anos. Os preços das principais commodities lácteas devem se manter em alta em decorrência do crescimento da demanda mundial por produtos lácteos, aliado à manutenção das exportações da Nova Zelândia e União Européia nos mesmos patamares de 2003 e à seca na Austrália. A expectativa é de que a tonelada do leite em pó integral e do leite em pó desnatado permaneça com preços oscilando entre US$ 1.850,00 e US$ 1.950,00.

Ao mesmo tempo, as exportações de lácteos cresceram substancialmente nos últimos meses. No acumulado entre janeiro e abril, as exportações somaram 12,6 mil toneladas de produtos lácteos, o que representa crescimento de 46,6% sobre as 8,6 mil toneladas remetidas ao Exterior em igual período do ano passado. A receita de exportações do primeiro quadrimestre deste ano somou US$ 16,5 milhões, aumento de 83,3% na comparação aos US$ 9 milhões obtidos em igual período do ano passado.

Este ano, os principais destinos para os produtos lácteos brasileiros são Iraque, Argélia, Angola, Estados Unidos e Trinidad Tobago. Nos últimos doze meses, considerando período encerrado em abril, o Brasil exportou 4,1 mil toneladas de leite em pó para o Iraque, com receita de US$ 8,4 milhões. Angola, Estados Unidos e Trinidad Tobago são os principais compradores de leite condensado e leite evaporado produzido no País, sendo responsáveis por compras de US$ 27 milhões desses dois produtos entre abril de 2003 e abril de 2004.

Com relação ao consumo total de lácteos para 2004, a previsão é de 23,5 bilhões, com crescimento 2,5% em relação a 2003. Há, portanto, necessidade de elevar a produção de leite no Brasil para suprir a demanda interna e de exportação, já que as importações devem reduzir em 2004, em detrimento do elevado preço do leite no mercado internacional.

Estas condições devem manter a tendência de alta de preços no mercado interno, na entressafra, o que pode promover um novo crescimento da produção. A estimativa da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA é de elevação de 4,1% da produção em 2003, com alta superior a essa taxa de crescimento em bacias leiteiras nas regiões de fronteira.

De acordo com os últimos dados da Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE, o maior crescimento da produção ocorreu nas regiões Norte e Centro-Oeste do País, que aumentaram 115% e 74%, respectivamente, na última década. Esta expansão é fruto da busca pela redução dos custos de produção. A elevada produção de grãos, que permite menores custos com a suplementação alimentar do rebanho, aliada a maior disponibilidade de terra, que reduz o custo de oportunidade deste fator, vêm contribuindo significativamente para o aumento da produção nestas regiões.

Em 2002, a região Norte teve um incremento da produção de 325 milhões de litros de leite, superando a região Sudeste, onde o crescimento foi de 174 milhões. A região Sul, por sua vez, teve um aumento de produção de 319 milhões. Em Rondônia, principal bacia leiteira da região Norte, o incremento da produção só não foi maior, em termos absolutos, que Minas Gerais, onde estão 28,5% da produção nacional.

Fonte: CNA (Marcelo Costa Martins), adaptado por Equipe MilkPoint

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