Clínica do Leite realiza 40 mil análises por mês em Piracicaba/SP

Publicado por: MilkPoint

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A partir de 2005, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deverá adotar uma medida normativa que obrigará todos os setores envolvidos na pecuária leiteira a submeterem seus produtos a análises laboratoriais. Na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq), da USP de Piracicaba, já existe um laboratório com tecnologia suficiente para analisar o produto e todos os seus componentes.

A Clínica do Leite, que atualmente realiza cerca de 40 mil análises por mês, possui um banco de dados com informações sobre a qualidade do leite de todo o estado de São Paulo e das regiões do Triângulo Mineiro e Sul de Minas Gerais.

De acordo com Paulo Fernando Machado, professor do Departamento de Zootecnia da Esalq e coordenador da Clínica do Leite, a medida do ministério vai incentivar a manutenção da qualidade. "O controle servirá para formarmos uma base sólida para uma pecuária leiteira de sucesso no país, como acontece com a soja e com a suinocultura, por exemplo", diz Machado. Ele informa que o Brasil exportou leite este ano para alguns países do Oriente Médio e África. "Se quisermos exportar para mercados mais exigentes teremos de melhorar a qualidade", constata o professor.

Há mais de seis anos, a Clínica do Leite realiza análises do produto nos seguintes aspectos: na Contagem de Células Somáticas (CCS), onde avalia a sanidade das glândulas mamárias dos animais e determina a qualidade do leite; concentração de gordura, proteína, lactose e sólidos totais, em que são identificados problemas nutricionais dos animais, o balanceamento da dieta e a qualidade nutricional do leite; e na determinação da concentração de nitrogênio uréico no leite, onde são identificados problemas nutricionais dos animais.

Informatização

A Clínica do Leite mantém um serviço de banco de dados informatizado com informações sobre a qualidade do leite. Por meio de softwares e ferramentas especialmente desenvolvidas, são produzidas tabelas específicas com os resultados obtidos. As análises são feitas junto a produtores e indústrias de beneficiamento do produto.

"Há mais de um ano atuamos junto às indústrias do estado avaliando a qualidade do leite, principalmente quanto à higiene", conta Machado. Com relação ao leite considerado anormal, o professor informa que a Clínica reúne dados sobre a incidência das anormalidades e em quais regiões elas ocorrem com maior freqüência.

Para abastecer o banco de dados com as análises, as indústrias fornecem amostras semanalmente. "Já os produtores enviam suas amostras, em média, uma vez por mês", diz Machado. Segundo ele, a coleta pode ser feita de um conjunto de vacas ou individualizada, o que permitirá identificar possíveis deficiências em cada um dos animais.

No Brasil, além da Clínica do Leite da Esalq, outros seis laboratórios estarão aptos a realizar análises do leite em todo o país: em Curitiba, na Universidade Federal do Paraná; no Rio Grande do Sul, na Universidade de Passo Fundo; em Minas Gerias, na Embrapa de Juiz de Fora e na Universidade Federal de Minas Gerais; na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia; e em Recife, na Universidade Federal de Pernambuco.

Fonte: Governo do Estado de São Paulo, adaptado por Equipe MilkPoint
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