China representa mercado promissor para indústria de lácteos da Espanha

A indústria de queijos e leite em pó da Espanha vê com grande grande potencial o mercado chinês, após sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC), segundo dados de um estudo feito pela Oficina Econômica e Comercial da Embaixada da Espanha em Pequim do Instituto de Comércio Exterior (ICEX).

O relatório informa que a China é um mercado aberto a investimentos e às exportações espanholas, já que os dados sobre a economia chinesa mostram um forte potencial como mercado para produtos ocidentais, os quais tradicionalmente são consumidos no ocidente, como os lácteos.

A indústria láctea chinesa encontra-se atualmente em um período de expansão, segundo o informe da ICEX, motivado por um aumento no consumo nacional de produtos lácteos, que alcançou 10% nos últimos três anos.

O estudo revela que, apesar de tudo, as importações de leite fluido são mínimas de forma que - e aproveitando a crescente abertura da China para o restante do mundo, que tem propiciado um decréscimo nas tarifas - abre-se uma interessante porta para os produtos estrangeiros.

A previsão é que o consumo per capita de leite dobre nos próximos 10 anos, passando dos 11 quilos per capita por ano atuais para mais de 22. O estudo "O mercado dos produtos lácteos na China" mostra que a Espanha é o país que mais exporta iogurtes para a China. No entanto, essas vendas não têm grande significado quando comparadas à produção local, responsável pelo abastecimento deste mercado.

No setor de queijos, o estudo argumenta que este alimento conta com um forte potencial no mercado chinês, uma vez que, apesar de as importações representarem somente 10% do total de produtos lácteos em 2003, a demanda por queijos pelos chineses vem aumentando. Segundo o informe, quase não existem queijos chineses no mercado, exceto uma ou duas marcas, devido ao fato de o consumidor preferir queijos importados, como cheddar, brie e mussarela, além de queijos suaves, os quais são associados com uma imagem de qualidade. O estudo informa que atualmente a tendência da população chinesa é de compra de queijos frescos e macios.

Quanto ao leite em pó, o relatório informa que existem boas perspectivas devido à possibilidade de produção na Europa, já que este produto tem um prazo maior de validade e, também, considerando que a China está precisando deste produto como matéria-prima para elaboração de produtos lácteos.

Segundo o estudo elaborado pelo ICEX, as importações de leite em pó na China têm crescido de forma sustentada e as de leite líquido e queijos têm crescido bastante desde 1990, com uma média de 8,5% anual.

O estudo afirma que a China continuará importando leite e produtos lácteos e informa que atualmente a importação de leite em pó integral e desnatado está em alta, tanto para complementar a oferta de leite fluido como para a fabricação de iogurtes e sorvetes.

O estudo também informa que a Espanha não tem uma imagem de marca na China, um mercado onde a população busca qualidade ao comprar um produto estrangeiro e associa essa qualidade a uma marca conhecida. Desta forma, a maior complicação para uma empresa espanhola ao entrar no mercado chinês é conseguir a fidelidade do cliente e, para isso, recomenda que a empresa invista em publicidade para seus produtos lácteos.

Fonte: Agroinformacion.com, adaptado por Equipe MilkPoint