Um plano de investimentos de US$ 76 milhões será concretizado nos próximos três anos pela principal companhia de lácteos do Chile, Soprole - subsidiária da neozelandesa Fonterra -, dos quais US$ 21 milhões serão desembolsados durante este ano, destinados principalmente ao aumento da capacidade industrial e a mudanças tecnológicas e inovações.
Foi o que informou o presidente da empresa, José Luis Letelier, durante as juntas ordinárias de acionistas da Soprole e da Prolesur. Na mesma oportunidade, Letelier disse que está estudando a entrada de novos negócios que tenham sinergia com os atuais.
Ele destacou o crescimento das exportações, que duplicaram em 2004 com relação a 2003, sendo que a Soprole é hoje o maior exportador de queijos do Chile e o segundo maior exportador do setor de lácteos em geral.
No ano passado, a Soprole decidiu impulsionar a transformação do Chile em um país exportador de produtos lácteos. Desta forma, definiu um plano de investimentos de US$ 17 milhões para assumir o desafio através de sua filial Prolesur. A aposta também incluiu uma proposta de replicar no Chile o modelo de produção estacional, utilizado na Nova Zelândia, que se baseia em um melhor aproveitamento dos pastos.
No entanto, a companhia se deparou com um cenário atrativo, o que levou a pensar em projetos maiores. Desta forma, atualmente a Soprole está avaliando a possibilidade de revisar a quantidade inicial e elevá-la para US$ 32 milhões. Letelier disse que o aumento do valor está em etapa de pré-aprovação e que durante o mês de maio será tomada uma decisão definitiva.
Porém, a aposta da Soprole está também seguindo outra rota, relacionada à implementação do modelo de produção estacional, para o que tem uma base de investimentos de US$ 4 milhões. Neste sentido, Letelier disse que durante o mês de maio será fechada a compra de dois estabelecimentos situados na X Região, que serão utilizados para a realização deste projeto e que estarão a cargo de um administrador neozelandês.
Segundo ele, um dos estabelecimentos tem 140 hectares, custa US$ 1,5 milhão e não exigirá maiores investimentos, porque tem infra-estrutura instalada. O outro tem uma extensão de 300 hectares e um preço similar ao anterior, mas exigirá certos investimentos para começar a produzir.
Esses projetos, somados ao preço favorável dos produtos lácteos no mercado internacional, estão abrindo o caminho para que a Soprole cumpra com a ambiciosa meta que impôs para 2005: quase duplicar as exportações, passando de US$ 18 milhões no ano passado para US$ 30 milhões neste ano.
Letelier disse que atualmente o principal mercado de exportação é o México, onde o Chile aproveita as preferências tarifárias do queijo gouda, mas que o verdadeiro desafio é entrar em outros mercados.
Fonte: Estrategia e Diario Financiero, adaptado por Equipe MilkPoint
Chile: Soprole investirá US$ 75 milhões até 2007
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