Chile: Soprole está decidida a crescer no mercado

A companhia de lácteos chilena Soprole, subsidiária da neozelandesa Fonterra, está decidida a crescer no mercado. Consciente que o aumento no consumo de leite e nas exportações tem provocado um déficit de produto em nível nacional, a companhia iniciou um agressivo processo de expansão, no qual não se descarta aquisições ou associações com empresas médias e pequenas do setor.

"Estamos investigando todas as alternativas possíveis de associação, seja de arrendamento ou compra de pequenas e médias companhias de lácteos, de forma a termos uma maior capacidade de produção de leite disponível", disse o presidente da Soprole, José Luis Letelier.

Para isso, a Soprole conta com um plano de investimentos que contempla também abrir novas áreas de negócios, como é o caso do soro de leite. Nesta semana a companhia chilena anunciou a construção de uma planta de secagem de soro, que terá um custo de US$ 13 milhões e produzirá cerca de 10 mil toneladas para serem exportadas através dos canais da Fonterra. "Abre-nos um novo nicho de negócio que não tem sido explorado no Chile", disse Letelier, afirmando ainda que o projeto deverá estar pronto em setembro do próximo ano.

A companhia tem como principal destino de suas exportações o México e também vende, em menor proporção, para Estados Unidos e América Central. No entanto, estas vendas representam somente 15% de sua produção local.

De olho na China

A companhia, que neste ano faturará cerca de US$ 300 milhões, está à espera dos benefícios dos Tratados de Livre Comércio com a China e a Índia. "Dependendo dos parâmetros tarifários, esses se transformarão nos principais mercados de exportação".

Preparando-se para isso, a Soprole já está desenvolvendo o projeto "Prado" que busca pôr o Chile no mesmo nível de eficiência produtiva dos grandes exportadores, como Nova Zelândia e Argentina. A empresa já comprou dois campos experimentais no sul do país, mas o principal limitante que precisam resolver para executar esse projeto é a pouca disponibilidade de vacas. "Estamos consultando a possibilidade de inseminação ou importação de embriões para acelerar o crescimento do gado e, assim, poder seguir crescendo a taxas de 6%".

Exportações

Dos 1,8 bilhão de litros que a indústria leiteira chilena produz por ano, somente são exportados 270 milhões de litros, o que deixa o país em uma posição vantajosa para aumentar sua presença no mercado externo.

Fonte: El Mercúrio, adaptado por Equipe MilkPoint