Chile poderá exportar queijos para a Índia
Publicado por: MilkPoint
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Quase sempre juntos na mesa estão o vinho e o queijo, de forma que as expectativas do Chile são de que exportarão queijos para a Índia. O presidente da Associação de Produtores de Queijo e da Associação de Exportadores de Produtos Lácteos, Alfredo Albarrán, disse que, como a Índia é o maior produtor de leite do mundo e tem uma grande indústria, o Chile teria que apontar para nichos como hotéis ou grupos estrangeiros ou ao mercado das "delicatessen".
"Os produtos chilenos devem estar orientados a esse mercado, e não a produtos padrões ou comuns, porque estamos em grande desvantagem com os países como Austrália e Nova Zelândia, que têm custos de frete menores que os nossos".
Dentre os produtos prioritários para exportação neste tipo de acordo estão aqueles com valor agregado, como é o caso de alguns lácteos como os queijos e o manjar. Segundo Albarrán, ainda falta estudar o mercado hindu para conhecer as necessidades que podem ser satisfeitas pelos produtores locais.
A associação que os consumidores fazem entre vinhos e queijos é um assunto que os produtores de ambos os setores já perceberam. Existem acordos firmados entre os empresários referentes a isso. "Queremos buscar esses segmentos em que ambos os produtos possam ir juntos. Os vinhos chilenos têm um adicional e uma diferenciação que os queijos não têm".
Transporte
O acordo econômico firmado com a Índia contempla uma grande vantagem para os exportadores de ambos os países, além da redução das tarifas: a reciprocidade de transporte. Isto significa que se a embarcação hindu traz mercadoria ao Chile, deverá retornar a seu país com uma produção chilena.
Para mostrar melhor as vantagens deste acordo, Albarrán fez uma comparação com as exportações ao México. "O queijo que estamos exportando ao México é da ordem de US$ 2,5 a US$ 2,8, e o frete é de US$ 0,30. Para a Índia, o transporte vai custar substancialmente mais, de forma que os produtos lácteos que devem ser exportados devem ter um preço de US$ 6 a US$ 7, de forma que se amortize o frete, que é de mais ou menos US$ 1 por unidade. Em queijos mais baratos, não poderíamos competir com a Nova Zelândia e com a Austrália, que trabalham com produtos de US$ 2, porque esses países gastam muito menos no frete que nós".
Acordo
Na reunião de Nova Delhi, liderada pelo diretor de Assuntos Econômicos Multilaterais da Direção Geral de Relações Econômicas Internacionais (Direcon), Ricardo Lagos Weber, foi elaborado um documento que ratifica o acordo, que será firmado pelo presidente da República, Ricardo Lagos Escobar, em sua próxima visita oficial à Índia, entre 19 e 22 de janeiro.
O texto deste "Acordo Marco", que tem as bases de um Acordo de Alcance Parcial (AAP), busca fortalecer as relações comerciais, promover a expansão do comércio, as condições e mecanismos para aprofundar as relações comerciais no futuro, de acordo com regras e disciplinas da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Fonte: AustralOsorno.cl, adaptado por Equipe MilkPoint
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