Chile deseja se converter em um exportador de lácteos

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O Chile deseja se converter em um exportador de lácteos, alcançando este ano o valor de US$ 100 milhões em vendas externas. Uma meta que, segundo especialistas internacionais, não deverá significar problemas para o Chile, já que o país conta com vantagens que lhe permitem competir de igual para igual nos mercados internacionais.

Assim afirmaram os especialistas internacionais Mark Voorbergen, consultor do Rabobank, e Jaime Castañeda, vice-presidente da Federação de Produtores de Leite dos Estados Unidos, durante o primeiro seminário internacional do setor lácteo chamado "Chile Lácteo 2005", organizado pela Federação Nacional dos Produtores de Leite do Chile (Fedeleche) e que reuniu em Valdivia muitos representantes da indústria.

Voorbergen explicou que nos próximos anos os desequilíbrios internacionais de produção láctea resultarão em maiores preços. "Isto pode tornar mais atrativo para outros países entrarem neste mercado, apesar de sempre ser mais atrativo crescer e satisfazer a demanda interna. No entanto, a exportação pode ser uma alternativa interessante se for bem desenvolvida com produtos de qualidade e bons canais de comercialização".

Ele destacou que o Chile tem condições atrativas para produzir leite e está no grupo de países de baixo custo de produção, como Argentina e Uruguai. "No entanto, também tem um nível de eficiência em sua produção diferente da de seus vizinhos, o que poderia gerar vantagens competitivas em médio e longo prazo".

Castañeda concordou com estas informações e disse que o Chile pode aproveitar a conjuntura internacional, caracterizada por "uma escassez da oferta e muita demanda, com preços relativamente altos em todos os produtos em geral", o que poderá durar por todo o ano de 2005.

Em paralelo, ele destacou que o Chile tem feito melhorias importantes nos últimos anos, melhorando sua infra-estrutura e firmando tratados comerciais. Em sua opinião, os produtos com maiores possibilidades de exportação para o Chile são queijos, principalmente o tipo gouda, e o leite condensado.

Castañeda destacou que o Chile deve manter seu foco em mercados como México, China e Estados Unidos. Ele disse que apesar de a competição ser, em certos momentos, desleal, no sentido de que a Europa tem grandes subsídios, que levam à redução dos preços mundiais.

Ele disse que os EUA estão com um balanço muito eqüitativo de oferta e demanda, com bons preços e muito otimismo para o futuro.

Em 10 anos, o Chile se converteu de importador líquido em um exportador de produtos lácteos. Atualmente, as exportações chilenas de lácteos se concentram em queijos (35,6%), leite condensado (34,6%) e leite integral (19,6%). O México (60%) e Cuba (12%) representam 72% de seu mercado de exportação.

Fonte: Diario Financiero, adaptado por Equipe MilkPoint
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