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CEPEA/LEITE: Oferta segue restrita e preços sobem em setembro

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/10/2012

3 MIN DE LEITURA

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O preço do leite recebido pelos produtores teve nova alta em setembro, de 1,6% frente ao de agosto, conforme indicam dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. A média ponderada dos estados considerados pelo Cepea (RS, PR, SC, SP, MG, GO e BA) foi de R$ 0,7996/litro (valor líquido) - o preço bruto, que considera frete e impostos, foi de R$ 0,8692/litro.

O aumento dos preços esteve atrelado à menor captação de leite nas regiões do Sudeste e do Centro-Oeste, tendo em vista o período de entressafra, e à desaceleração da produção também no Sul do País, por conta da finalização da temporada de inverno. Em algumas regiões, foi notada, inclusive, maior disputa pela matéria-prima entre os laticínios, cenário que impulsionou as cotações.

Em agosto, o Índice de Captação de Leite calculado pelo Cepea (ICAP-Leite) registrou avanço de 1,1% frente a julho. No Sul do País, o aumento foi de quase 7% no volume médio diário captado. Já em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, houve queda em torno de 3%.

Em setembro, a produção de leite continuou restrita no mercado brasileiro, devido ao clima seco em todo o País. Mesmo a chuva verificada em algumas regiões no final do mês não foi suficiente para favorecer o desenvolvimento das pastagens, segundo indicam agentes do setor. Normalmente, as pastagens se desenvolvem aproximadamente um mês após o início das chuvas e elevação das temperaturas. Assim, colaboradores do Cepea acreditam que, para outubro (normalmente início da safra no Sudeste e Centro-Oeste), ainda não haja aumento significativo da produção de leite.

Além do clima, os elevados custos com alimentação concentrada também limitam o avanço da produção neste período do ano. Pesquisas realizadas pelo Cepea em parceria com a CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil) mostra que, em agosto, o Custo Operacional Efetivo (COE) - que considera as despesas correntes mensais, como alimentação, salário, medicamentos, sal mineral, entre outros - ficou quase 20% acima do registrado no mesmo mês de 2011. Já o preço médio do leite caiu 7% em termos reais entre setembro/11 e setembro/12. Esse cenário mostra a dificuldade em se investir na atividade leiteira.

Para o pagamento de outubro (referente à produção entregue em setembro), 64% dos agentes compradores de leite consultados pelo Cepea (que representam 74% do volume amostrado) esperam estabilidade nos preços; já para 30% dos entrevistados (que representaram 17% do volume de leite), deve haver alta de preços, e apenas 6% dos agentes (responsáveis por 9% do volume da amostra) esperam queda.

No setor atacadista, os preços do leite UHT continuaram registrando ligeira alta em setembro, devido à menor oferta do produto. Considerando-se as cotações diárias coletadas pelo Cepea, a média de preços do UHT em setembro foi de R$ 1,83/litro, 1,4% superior à de agosto. No caso do queijo muçarela, a valorização também foi de 1,4%, com a média a R$ 10,76/kg em setembro. A pesquisa tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).

Em setembro, a maior alta no preço do leite recebido pelo produtor, de 3,4%, foi observada em Goiás, com valor líquido médio de R$ 0,8264/litro. Em Minas Gerais, o aumento foi de 2,3%, com a média a R$ 0,8208/litro. No estado de São Paulo, houve acréscimo de 1,3% no preço do leite recebido pelo produtor, passando para R$ 0,8349/litro. No Rio de Janeiro, a alta foi de 1,1%, com a média a R$ 0,8451/litro. Em Mato Grosso do Sul, houve elevação de 2,1%, a R$ 0,7116/litro. Já no Espírito Santo, os preços permaneceram praticamente estáveis, a R$ 0,7789/litro.

Em Santa Catarina, o preço líquido médio foi de R$ 0,7764/litro, alta de 1,1% frente a agosto. Houve destaque para a região Norte Catarinense/Vale do Itajaí, onde a média subiu expressivos 13,7%, em decorrência da maior disputa pela matéria-prima entre os laticínios. No Paraná, houve alta de 0,7% no preço do leite, com a média a R$ 0,7709/litro. No Rio Grande do Sul, o aumento foi de 0,8%, a R$ 0,7391/litro.

Já na Bahia, o preço médio foi de R$ 0,7396/litro, ligeiro recuo de 0,2% frente ao mês anterior. Quanto ao Ceará, houve alta de 1%, a R$ 0,8271/litro.


Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquidos) em SETEMBRO referentes ao leite entregue em AGOSTO.

Clique na imagem para ampliá-la.
Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Preços em estados que não estão incluídos na "média nacional" - RJ, MS, ES e CE

Clique na imagem para ampliá-la.
Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Gráfico 1: Série de preços médios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA
(média de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA)

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

A matéria é do Cepea-Esalq/USP.

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OLÍMPIO GOMES AGUIAR

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/10/2012

Os antigos produtores estão desesperançados e os novos, os jovens, filhos de produtores, como o Rosicleiton  Garcia, desmotivado. Este é o retrato da atividade no Brasil. Agora não entendo porque a produção está aumentando cada vez mais. Será que estão tirando leite de pedra? Penso que ficará na atividade somente dois tipos de produtores, aquele familiar (Esposo, esposa, filhos), que dependem da propriedade para sobreviver, e os grandes produtores, com grande escala de produção, com tecnologia e mão de obra especializada. Se não enquadrar em nenhum dos dois, caia fora, antes que a vaca vá para o brejo.
JOSÉ HUMBERTO ALVES DOS SANTOS

AREIÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/10/2012

Não sei se é uma interpretação otimista do gráfico, mas ele está sinalizando que em novembro teremos o mesmo preço de 2.011 dependendo, é claro,  do indice de inflação.

Aguardemos...
ROSICLEITON GARCIA DA SILVA

SANTA HELENA DE GOIÁS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/10/2012

Ótima  matéria, mas problemas da porteira a dentro da atividade leiteira:  é imensa devido a dificuldade de mão de obra, e seu complicado custo devido a legislação trabalhista, e o meio de trabalho, sendo este um enorme entrave na  atividade.

Outro ponto importante é a falta da robótica, nas salas de ordenha, equipamento este que já deveria ser viável aos produtores brasileiros, melhorando assim a qualidade do leite, e eliminando em torno de 50% do problema da mão de obra e de problema devido a ma ordenha pela falta da mão de obra.  na atividade isso e fato que ainda ninguem comentou, e já deveria ser noticias e reivindicado a entidades.

E sobre preço de leite pago ao produtor Brasileiro e uma vergonha pois sou produtor e filho de mesmo e sei que o preço do leite pago ao produtor hoje deveria ser no minimo 1 real  para estabilização da atividade. preço irrisório pois os consumidores na verdade a costumaram a ter leite sem custo do produtor capitalizado, mas isso hoje não tem como mais, devidos imposto, insumos, leis trabalhista, mão de obra e outros.

Outra realidade  seria qual alimento e tão barato como leite no mundo. não existe, pois ate 600 ml de bebida alcoólica e por volta de 2 vezes mais caro que o litro de leite e ninguem reclama , devido isso hoje estou eliminado aos pouco os animais com intuito de acabar com atividade pois infelizmente nenhuma politica vai ser feita e só promessas virão, pois hoje tenho 28 anos e só vi promessas esses anos.

Para confirma o que digo se só avaliarem o preço do leite pago ao produtor esse anos que foi bem abaixo do custo de produção, vendo que o leite produzido no Brasil foi capaz de atender a demanda nacional mas ainda o País ficou importando leite de fora para o Brasil, para pressiona o leite no mercado interno.

E se não me lembro não teve nenhum órgão te ate hoje tomou um atitude de barra essa importação, só propagada apareceram, então amigos infelizmente está atividade só tem um recurso paralisação total, vamos deixar o Pais viver de importação.  

Hoje se eu vender todos animais e fica atoa e mais lucrativo  do que fica fazendo dividas na atividade.
EDUARDO AMORIM

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/10/2012

" Para o pagamento de outubro (referente à produção entregue em setembro), 64% dos agentes compradores de leite consultados pelo Cepea (que representam 74% do volume amostrado) esperam estabilidade nos preços; já para 30% dos entrevistados (que representaram 17% do volume de leite), deve haver alta de preços, e apenas 6% dos agentes (responsáveis por 9% do volume da amostra) esperam queda. (CEPEA-ESAQ/USP)"
  Acabo de conferir a nota fiscal ref. ao pgto do leite fornecido em setembro e houve queda no preço do leite pago pela Nestlé em nossa bacia leiteira, que é uma das maiores do país.
    Na briga do rochedo (indústria do leite) com o mar (grandes redes varejistas), quem leva a pior é o marisco (produtores de leite).  
https://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-leite/panorama/como-o-preco-de-venda-do-leite-e-distribuido-entre-producao-industria-e-varejo-uma-analise-dos-ultimos-4-anos-79315n.aspx

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