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Cepea: preços têm o maior reajuste do ano

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/07/2009

3 MIN DE LEITURA

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Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostram que, no pagamento de junho, relativo à produção entregue em maio, os produtores de leite tiveram o maior reajuste do ano, de quase 7%. Com o aumento próximo de 5 centavos por litro, a média nacional (considerando-se valores ponderados dos estados de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA) subiu para R$ 0,7086/litro (sem o desconto de 2,3% de CESSR e do frete).

Os fundamentos para essa alta, explicam pesquisadores do Cepea, são os mesmos que impulsionaram os preços também no mês passado: menor produção e preços elevados do UHT. De acordo com o Índice de Captação de Leite (ICAP-L) do Cepea, a produção de maio foi 2,44% menor que a de abril e os preços do leite UHT no atacado, também conforme pesquisas do Cepea, seguem em patamar alto, com média próxima a R$ 1,80/litro no atacado paulista.

Com a nova queda do ICAP-L/Cepea, o volume captado nos primeiros cinco meses deste ano se torna 6,76% menor que o do mesmo período do ano passado. Contudo, é preciso destacar que a produção do começo (jan-maio) de 2008 havia sido 24,25% superior à do mesmo de período de 2007, impulsionada por condições bastante positivas de demanda e custos de produção relativamente favoráveis.

Caso se compare o volume de janeiro a maio de 2009 com o de igual período de 2007, há um crescimento de 15,85%, sendo que, naquele ano, havia ocorrido crescimento de 3,15% em relação a 2006 e de 3,64% deste em relação a 2005. Ao analisar esse e outros indicadores, alguns agentes do setor estimam que a produção total de leite neste ano ficará próxima da verificada em 2008.

Consultados pela equipe Cepea sobre as expectativas para os meses que se seguem, representantes de laticínios/cooperativas acreditam que a produção de leite apresente uma reversão, ou seja, passe a aumentar, no curto prazo, tendo em vista que produtores das regiões Sudeste e Centro-Oeste começam a alimentar o rebanho com silagem de milho ou cana picada. Além disso, a safra da região Sul, que atrasou devido à seca, está iniciando.

Apesar dessa estimativa de reação da oferta, para o próximo pagamento, 88% dos compradores - que representam 95% do leite da amostra do Cepea - apostam na continuidade dos aumentos dos preços em função do comportamento dos preços do leite UHT no atacado e varejo.

Junho: Entre os sete estados considerados para a média nacional, o maior aumento, de 13,65%, ocorreu em Santa Catarina, com o preço médio do litro ao produtor sendo reajustado em 8,8 centavos. Já a menor elevação, pelo segundo mês consecutivo, foi vista na Bahia, com 1,88 centavo a mais por litro de leite. Minas Gerais ficou com o segundo menor aumento de preços, com 4,63% ou 3 centavos/litro. Com isto, o preço médio deste estado, R$ 0,698/litro se tornou menor que o apurado em São Paulo (R$ 0,7378), Santa Catarina (R$ 0,7353), Paraná (R$ 0,7230) e Goiás (R$ 0,7055), superando, portanto, apenas as médias do Rio Grande do Sul (R$ 0,6915) e da Bahia (R$ 0,6213).

Gráfico 1. ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - MAIO/09. (Base 100=Junho/2004).

Clique na imagem para ampliá-la.

Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquidos) em JUNHO/09 referentes ao leite entregue em MAIO/09.

Clique na imagem para ampliá-la.

Tabela 2. Médias estaduais das novas regiões - RJ e MS.

Clique na imagem para ampliá-la.

Gráfico 2. Série de preços médios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA
(média de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA).

Clique na imagem para ampliá-la.

As informações são do Cepea, adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 07/07/2009

Bem, quando lemos uma matéria como essa que espelha a realidade da nossa remuneração, é com tristeza que constatamos o quanto o nosso seguimento está desorganizado do lado nosso produtor rural de leite, por que como podermos ir aos Supermercados, padarias e lanchonetes e nas gondolas dos mesmos o preço do leite está sendo vendido a R$2,64 chegando até a R$2,79, isso é incrível e nossas lideranças, a começar pelas cooperativas de leite que deveriam exigir melhores remunerações para os produtores rurais de leite na sua maioria ainda são as pagam pior.

Para mim, a muito tempo o seguimento precisa passar por mudanças na legislação que rege as cooperativas de leite, afinal trata-se de uma atividade coletiva, defendo a meu juízo que por ser uma atividade coletiva deveria haver impedimento de reeleições indefinidamente como se permite hoje, deveria sim ser renovada 70% de suas presidencias, diretorias e dos membras dos conselhos fiscais e diretores, aí sim teríamos uma atividade coletiva com a participação de todos e também cooperativas oxigenadas. Hoje em dia as pessoas se elegem para algum e por lá ficam como se cargos vitalícios fossem, e o pior agem também como se fossem delas as cooperativas, muitos chegam a empregar diversos parentes, praticam e aprovam seus salários que hoje pela crise do setor são verdadeiros "MARAJÁS", alguns até compram caminhões e alugam para as próprias cooperativas.

É por essa e por outras razões que precisamos adequar a nossa legislação que rege a matéria com a inclusão de uma fiscalização externa mais rígida através de auditorias de 6 em 6 meses e que seus achados sejam publicados, veículados através dos Diários oficiais dos Estados a que estão afetas, precisamos de mais transparências nos atos dêssas pessoas que estão no cargos, isso digo estão não são donos. Quer queiramos ou não isso reflete no nosso prêço do leite que vendemos, digo isso como produtor rural de leite a 23 anos, é uma vergonha o que estão fazendo conosco e ninguém ainda levantou a voz para gritar, é uma verdadeira exploração a que estamos sendo impostos e o grande remédio seria as cooperativas de leite. Mas o que elas tem feito de novo? Nada, mas nada porque simplesmente elas não funcionam como balizadoras de prêços como nos países da Europa, Estados Unidos, Nova Zelândia etc, viraram simplesmente cabide de emprêgos.

Espero e acho que entre as cooperativas de leite existentes atualmente tenham exceções, mas o diagnóstico que deparei ao fazer um pequeno levantamento na minha região é espantoso como muitas quebraram, fecharam ou simplesmente desativaram ou estão agonizando a citar as das cidades de Muriaé, Recreio, Laranjal, Pádua, Argerita entre tantas por esse Brasil afora. Pergunto, não seria o caso das autoridades estaduais, federal e mesmo os Senhores Deputados Estaduais e Federais fazerem um levantamento das reais causas desse fechamento e após concluirem traçarem um diagnóstico e adotarem medidas que moralizadoras, fiscalizadoras e éticas na legialação.

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