CEPEA: Preços estáveis em junho; tendência é de queda

Publicado por: MilkPoint

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A combinação de vendas estagnadas de leite e derivados no mercado interno com o aumento da captação de laticínios/cooperativas em alguns estados resultaram em estabilidade dos preços recebidos pelos produtores em junho (leite entregue em maio). Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - Esalq/USP) mostram que, na média nacional (seis principais estados produtores), o preço do leite tipo C pago ao produtor (valor bruto) foi R$ 0,593/litro, alta mínima de 0,48% em relação a maio. A Scot Consultoria apurou valor de R$0,574 por litro, praticamente o mesmo do verificado em maio (R$ 0,573).


Historicamente os preços do leite pagos ao produtor atingem o pico em julho ou agosto, mas neste ano há indícios de que este máximo teria sido antecipado para junho. No Rio Grande do Sul, Paraná e em Goiás, em junho, os preços já mostraram tendência de queda.

Em São Paulo e Minas Gerais, os valores seguiram estáveis, exceto na região metropolitana de Belo Horizonte e no Vale do Paraíba (SP), onde ainda ocorreram reajustes positivos nos preços pagos aos produtores. É bom lembrar que, no mês de maio, a variação no estado de São Paulo foi de 5,5% na média, enquanto que no Vale do Paraíba, em particular, o aumento foi de apenas 0,4%. A alta de 7,1% em junho, portanto, pode ser interpretada como uma correção de preços dos laticínios desta mesorregião neste mês.

Caso semelhante acontece com os valores na Bahia. Influenciado pela alta de 5,6% da região central do estado, o valor médio pago aos produtores (bruto) aumentou em 2,5%.

Em junho, a maior parte dos laticínios voltou a descontar o frete do preço pago ao produtor. Os levantamentos do Cepea mostram que os preços líquidos, efetivamente recebidos pelo produtor, recuaram em praticamente todos os estados, em percentuais maiores que os verificados para os valores brutos.

Avaliando-se a média nacional nos últimos 12 meses, pesquisadores do Cepea constatam que o preço ao produtor acumula alta real de 15% (acima da inflação), sendo 12% somente neste ano. O estado de São Paulo é o único que apresenta elevação superior no período de junho a junho, acumulando 22%. Em Minas Gerais, Goiás e Bahia, os aumentos ficaram mais próximos da média. Produtores mineiros acumulam reajustes reais de 13,5%, os goianos, de 13% e os baianos, de 12%. Já na região Sul, as elevações foram mais amenas. No Rio Grande do Sul, de 11,3% e no Paraná, de 10,3%.

Daqui para o final do ano, período em que as cotações historicamente recuam, é importante que o produtor fique atento aos seus custos de produção e aos índices de produtividade, como a taxa de lotação e quantidade de leite produzida por hectare. Elevar esses índices é a única forma de forma de aumentar ou ao menos manter sua renda tendo em vista que os preços atuais já se mostram em patamares saturados.

Figura 1

Fonte: Cepea, adaptado por Equipe MilkPoint
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Richard James Walter Robertson
RICHARD JAMES WALTER ROBERTSON

RIO VERDE DE MATO GROSSO - MATO GROSSO DO SUL

EM 30/06/2005

Em Mato Grosso do Sul observamos, após reunião entre as indústrias em 01de junho, consenso para a baixa de preços em níveis de R$ 0,03 a R$ 0,05, queda de 11,4 % (bem acima dos índices divulgados pela mídia).



Infelizmente, ainda não observamos nenhum tipo de manifestação por parte dos produtores daqui.



O cartel sul mato-grossense da agroindústria agradece !!!
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