
Em algumas praças como em São Paulo, cujos preços apresentavam-se defasados frente aos do restante do país, registraram altas significativas de 9% no Vale do Paraíba e de 8% em São José do Rio Preto, chegando aos patamares de R$ 0,54 e de R$ 0,60/litro, respectivamente. Contudo, a entrada de derivados da região Sul do país está preocupando os laticínios de SP, já que os preços desses produtos começam a dar sinais de queda tanto na capital quanto no interior do Estado, mostrando um aperto na margem de comercialização das unidades paulistas neste mês de agosto.
Já em Minas Gerais e Goiás, onde os preços estavam em patamares relativamente elevados, houve um desaquecimento em agosto, com o litro voltando para a casa dos R$ 0,55. Importante ressaltar que, apesar da queda no preço bruto pago ao produtor, muitos laticínios estão negociando os valores líquidos com os produtores, sendo ambos os Estados que apresentam a menor diferença entre o preço líquido do bruto.

Custo com alimentação
Com um cenário de estabilidade nos preços ao produtor e uma ligeira queda dos derivados, os produtores estão apreensivos para os próximos meses, uma vez que as chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste ainda não são suficientes para a produção de leite somente a pasto.
Calculando-se os custos da dieta à base de cana picada, estima-se que, para as vacas com uma produção diária de 15 litros, os custos somente com a dieta estejam por volta dos R$ 0,22/litro, já para dietas à base de silagem de milho, a estimativa do custo para este mês de agosto é de R$ 0,30/litro, ou seja, cerca de 47% do preço bruto recebido pelo produtor é destinado para a alimentação das vacas em lactação.
Fonte: Cepea-Esalq/USP, adaptado por Equipe MilkPoint