CEPEA: menor oferta eleva em 5% preços ao produtor

Publicado por: MilkPoint

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Em abril, já com a entressafra mais acentuada, os preços do leite tipo C pagos ao produtor (referentes ao leite entregue em março) permaneceram em tendência de alta. Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) mostram que, na média dos seis estados amostrados, o preço médio pago ao produtor foi de R$ 0,573/litro, alta de 5,25% em relação a março.

Pode-se assegurar que esse aumento é dado principalmente pela diminuição da oferta. Levantamentos do Cepea mostram que, na região Sul, o volume captado em março foi de 10,34% menor quando comparado ao de fevereiro - note que esse volume é ponderado pelo número de dias no mês; fevereiro: 28; março: 31. O mesmo ocorreu nas outras regiões pesquisadas. Em São Paulo, a redução foi de 9,1%, em Minas Gerais, de 6,5%, no estado de Goiás, diminuiu 3,8% e na Bahia, 7,2%.

Quanto aos preços, as maiores altas foram registradas em Goiás, onde a média do leite tipo C alcançou R$ 0,5961/litro, em abril. Dentro do estado, a principal região que puxou essa alta foi a sul, cujos preços atingiram valorização significativa de 11,3% para o produtor.

Para os preços brutos, o Rio Grande do Sul teve a menor valorização, de 2,2%, mas a segunda maior quando se observam os preços líquidos recebidos pelos produtores (5,9%), ficando atrás somente do Paraná (7,5%). Pesquisadores do Cepea explicam que a variação dos preços líquidos é dada principalmente pelo frete, sendo que nesses dois estados do Sul, laticínios/cooperativas assumiram os custos do transporte do leite da fazenda para a indústria, não descontando, pelo menos neste mês, o frete do produtor.

Em Minas Gerais, maior produtor nacional, o preço bruto teve ligeira alta de 3,6% e o líquido, de 3,3%. Em São Paulo, puxado principalmente pelo consumo de leite longa vida, os preços ao produtor apresentaram alta de 7,2%.

Comparando-se os valores deflacionados de abril aos do mesmo período de 2004, os preços pagos ao produtor na média nacional estão 17,2% superiores, destacando-se as valorizações ainda maiores nos estados de Goiás (24,4%) e São Paulo (19,3%).

No início do Plano Real, em julho de 1994, os preços do leite estavam em torno dos R$ 0,22/litro, ou seja, cerca de US$ 0,21/litro. Depois das desvalorizações cambiais ocorridas em 1999 e 2002, o produto chegou aos US$ 0,15/litro no pico da entressafra em 2001 e a US$ 0,11/litro no pico da safra em 2002. Esses patamares desestabilizaram muitos produtores e acarretaram no fechamento de muitos laticínios/cooperativas.


Observação: Preço bruto é o pago pelos laticínios/cooperativas, e preço líquido, o efetivamente recebido pelo produtor - ressalva-se que os valores acima são médias ponderadas.

Fonte: Cepea, adaptado por Equipe MilkPoint
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