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Cepea: derivados forçam queda de preço na entressafra

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/08/2008

2 MIN DE LEITURA

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Pela primeira vez neste ano, os preços pagos aos produtores caíram na maioria dos estados da pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Pode até parecer um contra-senso, em plena entressafra, os valores recebidos pelos produtores recuarem, mas os acontecimentos dos últimos meses justificam essas variações. Na pesquisa de preços de junho, quando era perguntada a expectativa sobre as cotações em julho, 56,3% dos informantes (78,5% do volume de leite) já apostavam em quedas para o atual pagamento.

O preço médio para o pagamento de julho nos sete estados tradicionalmente considerados pelo Cepea para a composição da "média nacional" foi de R$ 0,7465/litro bruto, sem o desconto de impostos e frete, recuo de 2,21% no mês, que corresponde a 1,7 centavo frente ao pagamento anterior.

Os derivados, tendo como base o estado de São Paulo, mesmo valorizando na comparação de junho com maio, 1,62% em média, acumulam aumento inferior ao concedido para o leite ao produtor nos últimos 12 meses, deixando a indústria com menos força para continuar com os patamares de preços existentes pagos pela matéria-prima até então.

As pesquisas do Cepea mostram que, em junho de 2007, o quilo do leite em pó equivalia a 16,47 litros de leite ao produtor paulista, ao passo que no mesmo mês deste ano equivale a 13,53, uma redução de 17,85%. Para a mussarela, a perda comparativa da indústria chega a 20,5%. Em junho de 2007, com um quilo do queijo era possível pagar 15,22 litros de leite ao produtor, ao passo que a relação em junho/08 esteve em 12,1 litros/kg mussarela. Com perda relativa ainda maior está o UHT, cuja relação passou de 2,82 para 1,92, um recuo de quase 32%.

Com relação ao volume de leite captado, o que ocorreu neste ano também foi atípico na comparação de junho com maio, quando o volume aumentou somente 0,24%, segundo o Índice de Captação de Leite (ICAP-L/Cepea). No mesmo período de 2006, houve um aumento de 2,14%, e no ano passado, de 4,58%. Este fato pode estar ligado às quedas de preços anunciadas antecipadamente e aos aumentos dos preços dos insumos.

Pesquisadores do Cepea destacam que, mesmo assim, o volume captado pelas indústrias em junho deste ano está 20,38% maior que o do mesmo mês do ano passado. Este pode ser considerado um segundo fator para fundamentar a primeira queda de preços do ano.

Julho

Entre as praças consultadas pelo Cepea, a maior queda em julho, de pouco mais de 3 centavos por litro, ocorreu em Goiás. Com isso, a média neste estado caiu para R$ 0,7495/litro, ficando, pela primeira vez no ano, abaixo das médias de Minas Gerais e São Paulo. Em MG, o recuo foi de 2 centavos, com o preço a R$ 0,7589/litro. Em São Paulo, onde a baixa foi de pouco mais de 1 centavo, a média passou para R$ 0,7925/litro.

Em Santa Catarina e no Paraná, os preços caíram 1,4 centavo, para R$ 0,6948 e R$ 0,7126/litro, respectivamente. No Rio Grande do Sul e na Bahia, as cotações permaneceram praticamente estáveis, em R$ 0,7033/litro e R$ 0,6504/litro, nesta ordem.

Para o próximo pagamento, 81,3% dos compradores (representantes de laticínios e cooperativas) consultados pelo Cepea, que representam 93,1% do do leite captado pelos entrevistados, apostam em novas quedas de preços.

Gráfico 1. ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - junho/08. (Base 100=junho/2004)


Clique na imagem para ampliá-la.

Gráfico 2. Série de preços médios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA


Clique na imagem para ampliá-la.

As informações são do Cepea.

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SELMO ROSA DE ARAUJO

GUARACI - PARANÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 07/08/2008

Nós ja tivemos uma queda dos preços do leite em junho e está previsto mais outra queda para julho, e com relação aos meses seguintes quais são as perpectivas, até quando esta queda de preços vai persistir?

Eu já houvi conversa de que o preço do leite pode até voltar para os R$0,40 litro, caso isso for verdade não sobrara uma vaca de leite viva, e com muita razão; e outra, se nós produtores de leite fôssemos unidos jogariamos a nossa produção de leite fora durante um mês o que causaria um caos nas redes de laticinios, e assim nós poderiamos ter direito de opinar quanto aos preços.
JOSÉ GERALDO ALVES

CURITIBA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/08/2008

A retração do preço do leite não pode e não deve abater os produtores de leite. É preciso continuarmos os trabalhos de organização dos produtores e da produção. Somente com organização dos produtores, domínio sobre a produção, bons contratos de fornecimento de leite às industruias estabelecendo compromissos e responsabilidades das partes, gestão das propriedades, será possivel projetar o crescimento e desevolvimento da produção de leite com ganhos para todos os elos da cadeia. Parabens pelos artigos.
EDMILSON DANIEL STELLA

GUARANTÃ DO NORTE - MATO GROSSO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 01/08/2008

No municipio de Guarantã do Norte-MT e cidades vizinhas o leite teve uma queda na casa de R$ 0,10 sendo hoje pago pelos laticínios em média R$ 0,48.
VALDIR GOERGEN

AUGUSTO PESTANA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/08/2008

Parabens ao Artigo. Só temos a lamentar, porque o produtor fez a sua parte pois os compradores pediram que o produtor investisse na produção de leite e é o que nos fizemos agora temos que amargar a alta dos insumos e a baixa dos preços em função da grande produção. Também deixo bem claro que leite não é como grão voce desiste a qualquer momento ou voce aumenta a produção em seis meses. Para fazer uma vaca necessitamos de no mínimo 2 anos e 9 meses. Mas não vamos desistir pois estamos colocando na mesa do consumidor um dos produtos mais completos que a mãe natureza criou, este é o nosso orgulho.
Um abraço.

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