Cemil aposta no leite em pó e constrói nova fábrica
Publicado por: MilkPoint
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O projeto exige aporte de R$ 25 milhões, dos quais R$ 5 milhões deverão ser investidos com recursos próprios e o restante com financiamento do BNDES.
O diretor-presidente da central, João Bosco Ferreira, disse que o empréstimo deve ser aprovado até janeiro de 2005. "A Cemil está buscando outros financiadores para dar início à construção, caso os recursos não sejam aprovados pelo banco", afirmou.
De acordo com o executivo, a fábrica, que deve começar a operar em 2006, foi planejada para absorver toda a captação de leite das filiadas. Hoje, as cooperativas agropecuárias de Patos de Minas, Patrocínio, Paracatu e Dores do Indaiá captam, em média, 500 mil litros de leite por dia, mas apenas 40% desse total são processados pela central. O volume restante é vendido para empresas como Nestlé e Embaré.
Dos 200 mil litros processados por dia pela Cemil, 60% são comercializados em Minas Gerais e o restante é vendido para 16 estados. Ferreira disse que, em princípio, a produção da nova unidade será destinada ao mercado doméstico, mas já existe projeto para exportar leite em pó a países da Ásia, África e do Oriente Médio.
Aposta
Em 2002, a central apostou na exportação de leite longa vida. Na época, a empresa embarcou 100 mil litros para Macau e Hong Kong. Ferreira disse que o projeto não avançou devido a problemas de logística e à concorrência com Austrália e Nova Zelândia, dois dos maiores exportadores mundiais. "Exportar líquido é complicado, por isso a aposta no leite em pó", afirmou o executivo.
Para 2005, a Cemil espera aumentar o faturamento em 10%, com a diversificação de produtos e ampliação da linha de bebidas à base de soja. Em 2004, a central estima atingir receita de R$ 102 milhões, contra os R$ 92 milhões do ano passado. Segundo Ferreira, o crescimento neste ano deve-se ao lançamento de bebidas lácteas e à base de soja, responsáveis por 30% da receita. "A idéia é ampliar o faturamento desses produtos em até 30% em 2005".
Ferreira observou que a captação de leite das filiadas deve recuar 25% no quarto trimestre devido ao atraso de um mês no início da safra. O consultor da Scot Consultoria, Maurício Nogueira, disse que a falta de chuvas provocou atrasos nos principais pólos de captação, o que tem ajudado a sustentar preços. Em outubro, os valores estão de 2% a 4% abaixo da média brasileira de setembro, quando o litro saiu a R$ 0,54 ao produtor.
Cotochés
A mineira Cotochés anunciou sua estréia no mercado de petit suisse, fruto de investimentos de R$ 1 milhão em uma primeira fase. A expectativa da empresa é que suas vendas no nicho alcancem mil toneladas por ano.
Na classificação da ACNielsen, o petit suisse está incluído em um segmento que também envolve iogurtes, sobremesas e leite fermentado, e que movimenta, no total, R$ 2,5 bilhões por ano no país. O laticínio planeja ainda fortalecer sua participação nas áreas de iogurtes e bebidas lácteas.
Fonte: Valor OnLine (por Cibelle Bouças), adaptado por Equipe MilkPoint
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