A desvalorização do dólar frente ao real fez o setor do agronegócio, até agora um dos maiores responsáveis pelo bom desempenho da balança comercial brasileira nos últimos anos, acender o sinal amarelo. "E daqui para frente, caso o câmbio continue em ritmo de queda, a chance de o setor ligar a luz vermelha é grande", afirmou o presidente do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), Marcos Jank.
Ontem, a moeda norte-americana caiu mais 0,59% e fechou em R$ 2,371, o menor patamar desde 30 de abril de 2002. Segundo o economista, todos os segmentos do agronegócio sofrem de alguma maneira com o enfraquecimento do dólar, em especial a soja, o milho e o algodão, que este ano estão com os preços deprimidos no mercado internacional. "Os exportadores dessas commodities operam com margens muito estreitas e, com a taxa de câmbio atual, a tendência é de uma redução nos embarques", afirmou o especialista.
Segundo o vice-presidente da CNA, Gilman Viana Rodrigues, no momento, o setor do agronegócio "prefere exportar" para preservar seus clientes, mesmo que haja perda de rentabilidade. "Mas há um certo limite para isso, ou seja, chegará uma hora em que a falta de ganho com os embarques reduzirá o movimento de exportação, o que acabará refletindo em queda de produção", afirmou.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Denis Cardoso), adaptado por Equipe MilkPoint
Câmbio reduz margens de lucro da agropecuária
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