Cadeia da laranja faz plano para elevar vendas no país
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O objetivo é reaquecer o estagnado mercado interno, com demanda estimada em 50 milhões de caixas de laranja por ano. A estratégia foi escolhida como uma das prioridades da Laranja Brasil - entidade que reúne produtores e empresas do setor - para o próximo ano. A proposta nasceu de pesquisa realizada pelo Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial (Pensa/USP) realizada durante cinco meses com 160 pessoas ligadas ao setor, entre produtores, empresas e consumidores.
"Esse investimento em ações de marketing vai significar um aumento no consumo interno da ordem de R$ 300 milhões no primeiro ano do projeto", diz Marcos Fava Neves, coordenador do Pensa/USP. Ele observa que, nos Estados Unidos, cada dólar investido pelo setor citrícola em ações de marketing gera outros US$ 6 em aumento de consumo.
Segundo Fava, a cadeia citrícola deve movimentar este ano US$ 3,84 bilhões, contra US$ 3,23 bilhões no ano passado. Desse total, US$ 1,17 bilhão será movimentado pelos produtores, US$ 2,66 bilhões gerados pelas indústrias e o restante, pelo setor de insumos.
Fava estima que o fundo provocará um aumento no custo aos produtores entre 2 e 3 centavos por caixa de 40,8 quilos de laranja. Flávio Viegas, presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus) e da Câmara Setorial, considerou a proposta um avanço, dado o histórico de ações tímidas para promoção da fruta e do suco no mercado interno. "Os produtores têm interesse nesse tipo de ação e espera que as indústrias também participem."
Ademerval Garcia, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus), acredita que uma contribuição compulsória dificilmente terá o apoio das indústrias que exploram o comércio exterior, pelo risco disso prejudicar a competitividade dos embarques brasileiros. Mas, de acordo com Garcia, uma contribuição voluntária tem boas chances de vingar. "É o único caminho", afirma. Ele lembra que foi estudada a criação de uma contribuição compulsória para alimentar o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) - mantido pela cadeia produtiva e destinada a pesquisas -, mas que a idéia também não foi para frente exatamente por conta da compulsoriedade.
Entre as estratégias em discussão pelo setor estão o desenvolvimento de embalagens para a fruta in natura e o lançamento de bebidas à base de suco, com valor nutricional superior ao dos refrigerantes, voltados às classes C, D e E, .
Outra proposta sugerida é a aposta em novos canais de distribuição de sucos e frutas in natura. Entre os nichos elencados para futuras prospecções estão postos de gasolina, padarias e farmácias. Fava Neves, do Pensa/USP, diz que essas ações devem ser desenvolvidas ainda este ano.
Fonte: Valor Econômico, adaptado por Equipe MilkPoint
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