Brasil exporta US$ 20,2 mi, mas não evita déficit
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"Esses números comprovam a competitividade do setor leiteiro nacional", avaliou o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNPL/CNA), Rodrigo Alvim. Em volume, as exportações de lácteos somaram 11,83 mil toneladas no primeiro bimestre, 148,6% a mais que as 4,76 mil toneladas de janeiro e fevereiro do ano passado.
"Temos produtos diferenciados, como o leite condensado, que não é fabricado em todos os países com tradição na área de lácteos", destaca Alvim.
Dados relativos exclusivamente ao mês de fevereiro indicam receita de exportação de US$ 8,6 milhões com lácteos (frente US$ 2,46 milhões, em fevereiro de 2004), com remessas de 5,27 mil toneladas de produtos (contra 2,23 mil toneladas, em igual período do ano passado).
Os números provam que o Brasil conseguiu ampliar o número de destinos dos lácteos nacionais. No mês passado, US$ 2,5 milhões foram obtidos com remessas de leite em pó para a Argélia. A Angola comprou US$ 623 mil de leite condensado e a Coréia do Sul importou US$ 947 mil de mussarela do Brasil.
As exportações de lácteos estão em crescimento, mas a valorização do real frente ao dólar permitiu o aumento das importações, lembra Alvim. No primeiro bimestre de 2005, as compras brasileiras de lácteos no Exterior geraram despesa de US$ 21,37 milhões, contra US$ 11,27 milhões, em janeiro e fevereiro do ano passado. "É preocupante a questão do câmbio, favorecendo as importações, o que não ocorreu no último ano. O que nos deixa aliviados é que as exportações permanecem em ascensão, provando que o setor lácteo brasileiro é competitivo. Mas a continuidade desse crescimento depende de haver um reequilíbrio na taxa de câmbio", diz Alvim.
No primeiro bimestre, o saldo comercial da balança de lácteos foi negativo em US$ 1,25 milhão, frente a US$ 5,6 milhões, em igual período do ano passado.
Rodrigo Alvim destaca a importância de ações como a adoção de novo compromisso de preços mínimos de importação de leite em pó firmado com indústrias da Argentina no final do mês passado. A medida, estabelecida pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) evita uma possível retomada da prática de dumping, ou seja, a venda de lácteos com preços abaixo do custo de produção no mercado brasileiro. A medida atende solicitação da CNA, entidade peticionária da ação antidumping.
Fonte: Assessoria de imprensa da CNA, adaptado por Equipe MilkPoint
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