Brasil discute formação de comitê para participação na FIL-IDF
Publicado por: MilkPoint
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O evento foi promovido pelo Comitê Nacional da Nova Zelândia, sendo organizado pela Fonterra.
Segundo Jeremy Hill, presidente do comitê de lácteos da IDF na Nova Zelândia e membro da Fonterra, dos grandes países produtores de leite, o Brasil é a ausência mais evidente. Segundo ele, que apresentou os objetivos da IDF para os presentes, a participação do Brasil na IDF é fundamental: "Além de poder acessar uma rede mundial de especialistas em lácteos e ter acesso a um vasto material técnico, como publicações especializadas e a intranet da IDF, o país participante tem condições de influenciar no material discutido e publicado, o que pode ser de vital importância para seus interesses", disse.
Como exemplo, ele citou que a IDF tem papel de destaque na definição das normas do setor de lácteos estabelecidas no Codex Alimentarius, além de trabalhar em sintonia com a OIE (Organização Internacional de Epizootias), OCDE, FAO, IFCN e outros órgãos internacionais. Apesar de não se envolver com os temas discutidos na OMC, a IDF normalmente é consultada pelo órgão especialmente no que se refere ao embasamento técnico.
Entre os presentes no evento, estavam pesquisadores da Embrapa, Instituto de Laticínios Cândido Tostes, ITAL, Unesp, UFLA, bem como integrantes da ABLV, Conil, além de órgãos de imprensa ligados ao setor de lácteos e empresas, como DPA, Fonterra e Tetra Pak, entre outras.
Há duas formas de se tornar sócio: como membro efetivo e como membro associado. No primeiro caso, o país tem direito a voto nos diversos comitês formados e o custo anual fica em 33.000 euros, ao passo que como associado, o país tem acesso às informações mas não tem direito a voto. Nesse caso, a anualidade fica em 25% do valor total. Na Nova Zelândia, a verba vem da entidade Dairy Insight, que recolhe NZ$ 0,03 por kg de sólidos produzidos, para utilização em diversas finalidades, como pesquisa.
Embrapa se candidata a coordenar formação do comitê
A Embrapa Gado de Leite, representada por Pedro Braga Arcuri, chefe adjunto de pesquisa e desenvolvimento, e por José Renaldi F. de Brito, pesquisador em qualidade do leite, manifestou interesse da empresa coordenar a formação do comitê, a partir de sugestão da DPA. O chefe da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, foi apontado como o possível coordenador do comitê nacional da IDF no Brasil. Vários dos presentes apoiaram a idéia, dado o reconhecimento da Embrapa no setor leiteiro e sua proximidade com diversos institutos de pesquisa, entre eles o ILCT. O Conil e a ABLV levarão a proposta às suas respectivas diretorias. "Nossa intenção é fazer uma próxima reunião em outubro", informou Arcuri.
O comitê nacional da Nova Zelândia manifestou grande interesse que o Brasil participe da IDF e se dispôs a auxiliar naquilo que for preciso, tutorando a entrada do país na IDF. "Esperamos que o Brasil passe a integrar a IDF nos próximos dois anos, pelo menos como país associado", afirmou.
O Brasil nunca participou da IDF, ao passo que, no passado, a Argentina foi membro, tendo inclusive o vice-presidente da federação (Ricardo James). Porém, com a crise econômica, o país vizinho deixou a entidade.
Hoje, nenhum país da América do Sul faz parte da IDF.
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