Aurora planeja triplicar a industrialização de leite em Chapecó

A Cooperativa Central Oeste Catarinense (Coopercentral Aurora), de Chapecó, anuncia que vai triplicar a industrialização de leite. O volume mensal de matéria-prima que, em dezembro de 2004, era de 3,4 milhões de litros passará para 8 milhões a 10 milhões de litros em outubro, quando também passará a produzir leite em pó. As receitas crescerão de R$ 3,2 milhões para entre R$ 9 milhões e 11 milhões/mês.

O coordenador-geral do projeto leite da cooperativa, Mário Lanznaster, diz que a entrada da Aurora no setor do leite foi vitoriosa, depois de 35 anos dedicada à área de carnes.

Desde agosto de 2004 a linha Aurolat, formada por queijos, leite longa vida, creme de leite e bebidas lácteas, está presente no varejo de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Somente em 2006 atingirá os demais estados brasileiros, especialmente São Paulo.

Variedade de produtos

A cooperativa manterá o mix de 15 produtos, utilizando processamento industrial terceirizado. A Aurora repassa o leite in-natura para ser industrializado de forma terceirizada em duas unidades de processamento.

Na Batávia S/A, localizada no município de Concórdia (SC), produz leite longa vida. Na Indústria e Comércio de Laticínios Oliveira, de Vargeão (SC), são elaborados os demais produtos como queijos, bebidas lácteas e creme de leite.

Em outubro, quando a oferta de leite cru será maior, a Aurora também produzirá leite em pó, contratando para essa operação a unidade da Parmalat em Carazinho (RS). A construção de fábrica própria é projeto para os próximos dois ou três anos. "Queríamos ir mais devagar, mas as coisas estão se acelerando", observa Lanznaster.

Esse suprimento é assegurado pelas cooperativas catarinenses. O planejamento da Coopercentral prevê ampliar esse aproveitamento até atingir a totalidade da matéria-prima disponível dentro de três anos. Somente depois dessa etapa a Aurora construirá uma unidade industrial própria. Desde 2001, o sistema cooperativista catarinense desenvolvia estudos para avaliar a viabilidade econômica de industrialização de leite no Oeste, onde situa-se a maior bacia leiteira do estado, buscando conquistar o controle de toda a cadeia produtiva e abandonar a posição de fornecedor de matéria-prima.

Fonte: Gazeta Mercantil (por: Juliana Wilke), adaptado por Equipe MilkPoint