Aumento de importações prejudica cadeia leiteira

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O aumento nas importações de lácteos, estimulado pela desvalorização do dólar frente ao real, já provoca queda de 5,08% nos preços do leite pagos ao produtor. Isso pode levar, novamente, a um esvaziamento da produção nacional em 2006 e, conseqüentemente, atrapalhar exportações futuras.

"Com as oscilações de produção, não conseguiremos nos firmar como um grande player no mercado internacional, pois temos de ter o produto quando o comprador desejar e não exportar somente excedentes", afirma o presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim.

Segundo dados da comissão, a cotação média do produto em território nacional é de R$ 0,56, contra R$ 0,59 em fevereiro. No caso específico do Mato Grosso do Sul, a retração chega a R$ 0,20. "Caso o câmbio continue em baixa, os exportadores irão reduzir os preços pagos pela matéria-prima. Isso pode gerar um desestímulo ao setor, que diminuiria a produção em 2006", afirma Alvim. Este ano, a produção está estimada em cerca de 24 bilhões de litros, contra 22,8 bilhões de litros em 2004.

Depois de registrar um superávit na balança comercial de US$ 11,5 milhões em 2004, os resultados acumulados até junho voltam a talhar o ânimo da cadeia láctea nacional. Segundo dados da CNA, até junho, o país exportou o equivalente a 32,7 mil toneladas de lácteos, o que gerou receita de US$ 50,7 milhões. No mesmo período as importações do segmento, principalmente por conta da desvalorização da moeda americana, atingiram 40,6 mil toneladas, com gastos na ordem de US$ 68,5 milhões. O resultado final foi um déficit na balança comercial de lácteos de US$ 17,9 milhões. Em igual período do ano passado, o déficit foi de US$ 7,5 milhões.

A esperança para minimizar o atual quadro são os negócios com o México, o maior importador mundial de lácteos: cerca de US$ 1 bilhão por ano. "Os embarques para o país latino-americano podem ajudar na manutenção dos preços e no aumento de volumes dos lácteos", avalia o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez.

Fonte: DCI, adaptado por Equipe MilkPoint
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