Aumentam exportações de lácteos do Uruguai

O setor de lácteos do Uruguai passou por freqüentes adversidades. O preço do leite caiu justamente no momento em que os mercados de carne foram afetados pela febre aftosa. O tempo passou e os mercados se modificaram. Subiu o preço do leite e da carne.

Essa recuperação se expressou internamente em uma firme melhora da situação financeira das indústrias e em um aumento dos preços do leite ao produtor de 50% a 60% em dólares, em um processo que se iniciou há pouco mais de um ano.

Neste período, foram registradas várias mudanças no setor, desde a participação das indústrias argentinas no mercado -comprando leite diretamente dos produtores, e não às indústrias, como faziam normalmente -, até a quebra da multinacional Parmalat, que no Uruguai é dona da segunda empresa láctea do mercado e capta algo em torno de 15% do leite remetido às fábricas.

A produção de leite vem aumentando firmemente: segundo fontes industriais, estão entrando nas plantas pasteurizadoras 20% mais leite do que na mesma data do ano passado. Para a primavera, a previsão é de volumes recordes de produção, com o setor recuperando a dinâmica perdida há cinco anos, quando entrou na fase de estabilização ou retrocesso.

Esta situação favorece não somente o produtor, que está recebendo maiores valores por seu leite, mas também - do ponto de vista macroeconômico das contas do país - a entrada de dólares provenientes da exportação de produtos lácteos se apresenta bastante interessante.

Até agora neste ano foram exportados mais de US$ 76 milhões em produtos lácteos. Os principais produtos exportados em dólares são: leite em pó integral (26%) e desnatado (16%); queijos (28%), manteiga (11%); soros e caseinatos (5%); e leite longa vida (4%). Todos esses produtos têm apresentado um aumento de preço nos últimos meses, mas alguns deles apresentaram um salto importante nas últimas semanas.

O leite em pó integral, por exemplo, que era comercializado entre US$ 1.800 e US$ 1.900 a tonelada, agora está sendo exportado por cerca de US$ 2.150 a tonelada. O leite em pó desnatado está mais estabilizado, em cerca de US$ 1.950 a tonelada.

Os queijos mostram uma grande variedade de preços, segundo o mercado, mas em geral, todas eles mostraram aumentos. A manteiga, que estava sendo vendida em junho a US$ 1.500 a US$ 1.600 a tonelada, agora está sendo vendida a US$ 1.800 a US$ 1.900 a tonelada.

Fonte: El País, adaptado por Equipe MilkPoint