Argentina poderá exportar mais de US$ 500 milhões em 2004
Publicado por: MilkPoint
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Segundo dados do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), entre janeiro e agosto deste ano, foram exportadas 150,21 mil toneladas de leite em pó, queijos e outros produtos, gerando receita de US$ 296,8 milhões, valor que já supera as exportações de todo o ano anterior.
Um dos motivos que está impulsionando as exportações de lácteos da Argentina são os bons preços internacionais. Neste sentido, nos primeiros oito meses do ano, o valor médio das vendas argentinas de produtos lácteos foi de US$ 1.977,00 por tonelada, contra US$ 1.640,00 do ano passado, o que denota um aumento de 25%.
"Creio que o setor poderia superar os US$ 500 milhões em exportações", disse o coordenador do Programa Nacional de Política Leiteira da Secretaria da Agricultura da Argentina, Juan José Linari. De acordo com suas projeções, as exportações de 2004 alcançariam um volume de 250 mil toneladas, equivalentes, aproximadamente, a 2.000/2.100 milhões de litros. Desta forma, este volume superaria amplamente o recorde de 1999, quando foram exportados 1.848 milhões de litros.
"A Argentina é um importante exportador de leite em pó. No final dos anos noventa, o país chegou a ser o quinto exportador deste produto e está entre os países que podem competir sem subsídios", diz Linari.
No primeiro semestre do ano, a Argélia foi o principal destino em valor das vendas dos produtos lácteos argentinos, com 26% do total exportado. Em seguida vieram Brasil (9,8%), México (9,6%), Venezuela (8,8%), Estados Unidos (6,4%) e Chile (5,5%). Os restantes 33,9% foram distribuídos entre outros mercados.
Menos dependência
"O México é o principal destino dos queijos, seguido pelos Estados Unidos e a Venezuela vem aumentando sua participação em nossas vendas de leite em pó", disse Linari. Para ele, a menor participação do Brasil como importador de produtos lácteos argentinos significa claramente que se cortou a "dependência" de mercado que existia entre os dois paises, dado que, em 1999, o Brasil representava 80% do mercado de exportações de lácteos da Argentina.
O gerente do Centro da Indústria Leiteira (CIL), Jorge Secco, além de concordar com Linari sobre as projeções de exportação do setor para este ano, disse também que existe uma maior produção interna. "Há um aumento da produção que contribui com a exportação", disse ele. Concretamente, segundo Linari, entre janeiro e agosto de 2004, a produção primária aumentou 21% com relação ao mesmo período de 2003.
Além disso, de acordo com várias estimativas, a produção final do ano ficará entre 17% e 18% acima da de 2003. "Isso significa que se chegará a 9,3/9,4 bilhões de litros, contra 7,95 bilhões de litros do ano passado. Isso é praticamente uma volta à produção de 2001", disse Linari. A Argentina atingiu o recorde de produção de leite em 1999, com 10,33 bilhões de litros.
Segundo Linari, a taxa de crescimento de 2004 poderá se normalizar em 2005, com menores porcentagens. "Creio que no próximo ano poderá haver um crescimento entre 4% e 7%, porque essas taxas não podem se sustentar", disse ele.
O crescimento contrasta com o processo de fechamento de propriedades leiteiras, que motivou uma baixa de 20% da produção, dado que entre 1999 a 2003, a soja passou a ser mais rentável.
Fonte: La Nación (por Fernando Bertello), adaptado por Equipe MilkPoint
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