Argentina poderá aumentar tarifas de exportação

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A vice-secretária de Defesa da Concorrência da Argentina, Patrícia Vaca Narvaja, manifestou sua "preocupação" pela falta de abastecimento de leite fluido em algumas cadeias de supermercados.

"Se for comprovado que algumas usinas leiteiras estão destinando a maior parte de sua produção de leite à exportação, em detrimento do mercado interno, pediremos ao Ministério da Economia que eleve as tarifas que o setor paga para as vendas ao exterior".

Estacionalmente, abril é o mês de mais baixa produção de leite no ano na Argentina. Vários membros do setor, como o Centro da Indústria Leiteira (CIL) e a Associação de Produtores de Leite (APL) disseram que a curva atual de produção, que está 20% abaixo da de março, poderá voltar ao nível similar ao do mês passado em não mais que 15 dias. Da mesma forma se pronunciou a principal companhia de lácteos do país, a La Sereníssima. "Estamos despachando ao mercado interno um volume 12% superior ao de abril do ano passado". Inclusive, a cadeia de supermercados Coto informou que nesta época do ano recebe 20% a menos de leite.

Narvaja disse não estar ciente dessas explicações. Ela disse que recebeu queixas de duas grandes cadeias de supermercados - a Coto não está entre elas - que tinham manifestado as dificuldades que estão tendo para se abastecer de leite fluido por parte de algumas usinas leiteiras. Esses comentários dos supermercados foram reforçados por outras usinas lácteas competidoras e reforçaram as suspeitas de Narvaja.

Isso porque, há poucos dias, está em funcionamento o mecanismo de controle de preços pelo qual as indústrias de lácteos e os supermercados se comprometeram a baixar 1,5% o preço de leite fluido ao consumidor. "Temos dados preliminares pelos quais a rebaixa de preços seria ainda superior a 1,5%", disse o representante do CIL, Jorge Secco.

Neste contexto, Narvaja levantou a possibilidade de que algumas dessas empresas estejam privilegiando o mercado externo com parte da produção que - sem o acordo de preços - seria destinada ao consumo interno. "Neste caso, solicitaremos que sejam aplicadas mais tarifas a essas exportações".

Para o representante da APL, Manuel Ocampo, a hipótese de uma conduta especulativa por parte das usinas é um erro. "O consumo interno de lácteos aumentou entre janeiro e abril em 12%, apesar do fato de, durante este mesmo período, ter havido aumentos de preços dos produtos. Isso quer dizer que há demanda para os lácteos e, por sua vez, as usinas têm pela frente muita margem de consumo para recuperar".

Fonte: Clarín, adaptado por Equipe MilkPoint
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