Argentina lança plano piloto para o setor leiteiro

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Após três anos de amplas negociações e de alguns desencontros, a produção e a indústria leiteira da Argentina chegaram a um acordo neste final de semana para colocar em marcha um plano piloto para aumentar a transparência no pagamento do leite.

A fixação dos componentes de qualidade de um leite "padrão", a implementação de uma liquidação única entre todas as empresas para o pagamento da matéria-prima e laboratórios independentes para a amostragem do leite são os pontos centrais do acordo, que entrará em vigor, em etapa experimental, dentro de 30 dias. Uma comissão técnica será encarregada de identificar o universo das propriedades leiteiras e das empresas que executarão o plano piloto nos próximos dois anos.

"Demos um passo importante para aumentar a transparência da cadeia leiteira, a partir das sugestões feitas pelos produtores e pelas indústrias", disse o secretário da Agricultura da Argentina, Miguel Campos, que presidiu em São Francisco a reunião do Fórum de Política Leiteira, junto aos representantes políticos das províncias lácteas e do setor.

As medidas de força realizadas pelos produtores de leite em março de 2002, devido à queda do preço do leite, foram desencadeadores que levaram as autoridades nacionais a buscar soluções para pôr ordem no setor leiteiro. "Sabemos que não é uma solução profunda, mas é um passo adiante que demos", disse o presidente da Câmara de Produtores de Leite de Córdoba, Juan Trossero.

Com a execução deste plano, os produtores aspiram que toda a indústria nacional pague pelo leite com base nos mesmos parâmetros da matéria-prima. "Atualmente, cada empresa paga pelo leite segundo suas conveniências e é impossível saber qual é o critério aplicado. Agora, tudo deverá ser uniforme", disseram membros da produção.

Para o leite de referência, os técnicos da indústria e da produção concordaram com níveis de menos de 400 mil células somáticas e de 100 mil unidades formadoras de colônias por mililitro. Acima desses valores, serão fixados descontos nos preços. Os parâmetros de gordura e de proteína foram fixados em 3,45% e 3,15%, respectivamente.

"São parâmetros internacionais, mas é possível produzir no país", disse o diretor de política leiteira da Argentina, Juan Linari.

Poder de Política

Todo o sistema previsto no acordo deverá contar com as normas que o tornem obrigatório no futuro.

"É necessária a aprovação de um projeto de lei, já elaborado, que permita ao secretário da Agricultura fazer com que o Escritório Nacional de Controle Comercial Agropecuário (Oncca) possa intervir na cadeia leiteira", disse Linari.

Com a aprovação da lei, o Oncca teria o poder de política sobre o comércio lácteo, como acontece atualmente com as carnes e os grãos.

Fonte: La Voz Del Interior (por Alejandro Rollán), adaptado por Equipe MilkPoint
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José Angelo Marchini
JOSÉ ANGELO MARCHINI

ITAPORÃ - MATO GROSSO DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 18/05/2005

Gostaria também de ver industrias de Laticinios do Brasil, e Produtores também se unindo para que se tomem iniciativas quanto a política leiteira brasileira, pois agora que o mercado está em queda acentuada, todos se reunem para conversar e encontrar saídas para o problema, porque não criar uma situação antecipada para que todos tenhamos condições de fazer politicas de trabalho ordenadas, para que não tenhamos agora de nos descabelarmos para achar uma solução para não quebrarmos as empresas, quem sabe lendo esta reportagem as classes envolvidas comecem a analizar nossas situações para termos atitudes melhores.
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