Argentina: empresas avaliam aumento de impostos
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Porém, a medida baseada em uma resolução publicada no Boletim Oficial na segunda-feira, não terá um impacto significativo sobre o negócio de grandes empresas de lácteos. Fontes da SanCor disseram que a decisão oficial não modificará a política comercial da companhia.
"O valor histórico de exportação de leite em pó é em torno de US$ 1.750 a tonelada. Hoje se paga US$ 2.200 pelo mesmo volume, de forma que o aumento nos impostos nos reduzirá uma margem de rentabilidade, mas seguirá sendo um excelente negócio exportar", disse o presidente da empresa, Miguel Omar Altuna.
Ele disse que com as restituições às vendas externas, as retenções reais de impostos serão de 10%. Neste sentido, as indústrias receberão US$ 1.980 por tonelada de leite exportado, o que continua sendo um bom negócio para qualquer exportador do setor.
No entanto, resta a questão sobre qual efeito esta medida regressiva terá sobre os preços internos, considerando que o objetivo do Governo é controlar a inflação desestimulando as exportações.
Por um lado, as empresas consultadas consideram que não aumentarão sua oferta no mercado interno, a não ser que a rentabilidade das exportações seja relativamente baixa e esse comércio fique insustentável.
No entanto, os empresários destacaram o efeito que esta medida terá sobre o controle da inflação nos outros produtos, porque a economia tem também pendentes negociações de preços com outros setores que integram a cesta básica e que, coincidentemente, são também importantes exportadores, como os produtores de carne.
"Creio que fomos utilizados como exemplo para que o resto dos setores aceite controles de preços para evitar que sejam afetados seus negócios de exportação", informou um empresário do setor.
O Centro de Indústrias Lácteas (CIL), que reúne a maioria das empresas do setor, não divulgou suas opiniões, mas deixou claro que o impacto seria desigual entre as empresas, dependendo do tamanho e de seu mix comercial. Neste sentido, as empresas menores, que não exportam, seriam as menos afetadas.
Por outro lado, os empresários se mostraram céticos com relação à possibilidade de que esta medida espante investidores. O setor lácteo da Argentina se preparava neste ano para receber investidores de grandes multinacionais interessadas em entrar no negócio local, através de associações estratégicas ou diretamente comprando empresas. O interesse destes grupos seria devido à escassez de matéria-prima que se espera na Europa e nas excelentes condições do setor para exportar da Argentina produtos de qualidade.
Fonte: Infobae (por Vicky Álvarez Benuzzi), adaptado por Equipe MilkPoint
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EDEALINA - GOIÁS
EM 06/08/2005