Análise das exportações e importações de lácteos até setembro de 2005

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 2 minutos de leitura

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Em setembro, pelo terceiro mês consecutivo, o Brasil voltou a obter um superávit na balança comercial de lácteos, apesar do país continuar enfrentando um período de supervalorização do real perante o dólar. Houve saldo positivo de US$ 5,5 milhões no período, com US$ 13,1 milhões advindos das exportações e US$ 7,6 milhões de importações.

Para Otávio Farias, da trading Hoogwegt, o superávit é resultado de novas ações de exportação que se iniciaram no final do 1º semestre para leite em pó, manteiga e queijos. "As indústrias, antes em dúvida quanto a exportar com dólar ao nível de R$ 2,50, passaram a desconsiderar a taxa de câmbio em níveis ainda mais baixos, independente do resultado financeiro", afirma. Para ele, esse comportamento foi devido à brusca queda de preços no mercado local, motivada pelo excedente de produção em diversas regiões.

Para Marcelo Pereira de Carvalho, coordenador do MilkPoint, é possível que o país termine o ano superavitário, mas o produtor está recebendo preços bem mais baixos do que esperava. "O setor tem boas expectativas em relação às exportações para o México, cuja fronteira foi aberta recentemente para produtos brasileiros. Resta saber se os casos de aftosa no MS irão afetar essa possibilidade", diz ele.

Balança comercial de lácteos (setembro/2003 a setembro/2005)

Figura 1

As tabelas 1 e 2 mostram as importações em volume e valor, de janeiro a setembro, quando comparadas com o mesmo período do ano passado, além dos valores de setembro de 2005, setembro de 2004 e agosto de 2005. As importações neste ano estão 42% maiores em volume e 56,4% maiores em valor, quando comparadas a 2004.

O principal produto importado pelo Brasil continua sendo o leite em pó, sendo que 64% do volume total importado pelo Brasil vieram da Argentina e 34% do Uruguai. Houve queda de 1% das importações de leite em pó advindas da Argentina e aumento de 1% das importações provenientes do Uruguai, em relação a agosto de 2005.

A Argentina também é a principal origem do soro de leite importado para o Brasil. Das 31.542 toneladas importadas, 34,2% são provenientes da Argentina, 21% dos Estados Unidos e 16,9% da França.

De janeiro a julho desde ano, o Brasil foi o principal destino das exportações argentinas (em volume), com 15,5% do total exportado, seguido da Argélia, com 15% e Venezuela, com 9,5%.

Tabela 1: Importações em quantidade (mil kg)

Figura 2

Tabela 2: Importações em valor (mil US$)

Figura 3

As exportações estão colocadas nas tabelas 3 e 4. Em volume, 2005 está 27,4% acima de 2004, sendo que em valor a diferença atinge 53,5%. Em relação a agosto de 2005, as exportações foram 8,6% maiores em setembro em volume, mas 5,2% menor em valor.

Entre os destinos das exportações do leite em pó + evaporado + condensado em agosto, destacam-se a Argélia, com 19,4% das exportações em volume; Angola, também com 16,7% e Estados Unidos com 9,2% do volume total de leite em pó + evaporado + condensado exportados.

Entre os queijos, o destaque é a Coréia do Sul, com 34,5% dos embarques em volume, seguido dos Estados Unidos, com 18,9%, Chile, com 14,2% e Argentina, com 13%.

Tabela 3: Exportações em quantidade (kg)

Figura 4

Tabela 4: Exportações em valor (US$)

Figura 5

Fonte: Equipe MilkPoint
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Duilio Mata de Souza Lima
DUILIO MATA DE SOUZA LIMA

BOM SUCESSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/10/2005

Eu queria que se comentasse o por que de tanta importação de soro de leite e qual o seu destino, uma vez que o país tem uma grande dificuldade em dar destino adequado ao seu soro de leite produzido normalmente aqui.



<b> Resposta MilkPoint: </b>



Caro Duilio,



Obrigado pelo comentário. Segundo informações que obtivemos, a Câmara Setorial de Lácteos, junto à Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, está tentando obter do Mapa uma posição a respeito do destino desse soro. Mas, por enquanto, essa informação não está disponível.



Atenciosamente,



Marcelo P. Carvalho
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