Análise das exportações e importações de lácteos até agosto de 2005

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 1 minuto de leitura

Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 0

Em agosto, o Brasil voltou, pelo segundo mês consecutivo, a obter superávit na balança comercial de lácteos, apesar de o país enfrentar período de supervalorização da moeda nacional perante o dólar. Houve saldo positivo de US$ 3,2 milhões no segmento, resultado de exportações de US$ 13,8 milhões e US$ 10,6 milhões em importações.

O presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNPL/CNA), Rodrigo Alvim, explica que o Brasil conseguiu recuperar a condição de ser superavitário na balança de lácteos em função da baixa remuneração do produtor de leite.

Balança comercial de lácteos (agosto/2003 a agosto/2005)

Figura 1

As tabelas 1 e 2 mostram as importações em volume e valor, de janeiro a agosto, quando comparadas com o mesmo período do ano passado, além dos valores de agosto de 2005, agosto de 2004 e julho de 2005. As importações neste ano estão 47% maiores em volume e 63,3% maiores em valor, quando comparadas a 2004. Os números de agosto indicam estabilidade nas importações quando comparadas com julho.

O principal produto importado pelo Brasil é o leite em pó, sendo que 65% do volume total importado pelo Brasil veio da Argentina e 33% do Uruguai.

A Argentina também é a principal origem do queijo importado pelo Brasil. Das 31.133 toneladas importadas, 37% são provenientes da Argentina, 21% dos Estados Unidos e 18% da França.

Tabela 1: Importações em quantidade (mil kg)

Figura 2

Tabela 2: Importações em valor (mil US$)

Figura 3

As exportações estão colocadas nas tabelas 3 e 4. Em volume, 2005 está 29,3% acima de 2004, ao passo que em valor a diferença atinge 52%. Em relação a julho de 2005, as exportações foram 20% maiores em julho em volume, e 29% em valor.

Entre os destinos das exportações do leite em pó + evaporado + condensado em agosto, destacam-se a Argélia, com 19% das exportações em volume; Angola, também com 19%; Venezuela, com 9% e Estados Unidos com 7% do volume total de leite em pó + evaporado + condensado exportados.

Entre os queijos, o destaque é a Coréia do Sul, com 35% dos embarques em volume, seguido dos Estados Unidos, com 19%, Chile, com 15% e Argentina, com 13%.

Tabela 3: Exportações em quantidade (kg)

Figura 4

Tabela 4: Exportações em valor (US$)

Figura 5

Fonte: Equipe MilkPoint
Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/09/2005

Ainda que motivada pelos baixos preços internos, a reversão da tendência da curva da balança de lácteos, agora no sentido do superávit, deve ser comemorada. Fica claro que maio e junho foram os grandes responsáveis pelo déficit acumulado no ano e que, a partir de agora, há uma possibilidade até de termos superávit em 2005.



No contexto atual de câmbio e preços praticados, ficou claro que somos mais competitivos para exportar. É o primeiro sinal de arrefecimento das importações.



É preciso lembrar que o preço não vai subir sempre, mas o "desaparecimento da produção" via exportação é o melhor caminho para a estabilidade do mercado. Há uma luz no fim do túnel, resta aguardar os patamares de preço da estabilidade.
Qual a sua dúvida hoje?