Agroleite discute incentivo ao consumo de leite
Publicado por: MilkPoint
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Marcelo Pereira de Carvalho, coordenador do MilkPoint, apresentou a palestra "Marketing Institucional no Contexto da Cadeia de Lácteos do Brasil" durante o evento. Carvalho falou sobre a necessidade do marketing institucional sob a ótica de atratividade setorial, bem como as particularidades do Brasil em relação a esse assunto.
Para o coordenador do Agroleite e gerente de novos negócios da Castrolanda, Gerson Medeiros, um dos maiores diferenciais na organização do evento deste ano foi promover discussões importantes para o setor. ''Uma das metas é fazer com que o Agroleite não seja visto apenas como uma exposição de animais. Nós queremos que seja um fórum de debates da cadeia do leite'', destacou.
O presidente da Comissão Nacional de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, que fez a primeira palestra do fórum, acredita que o Brasil é o único país do mundo com condições de aumentar a produção de leite, por questões tanto territoriais quanto tecnológicas. ''Mas esse é um cenário de futuro, que depende de uma conscientização geral dos produtores. Nós precisamos fazer nosso dever de casa'', afirmou.
Durante a abertura, foi lançada a segunda fase do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PECEBT), que consiste na certificação das propriedades livres dessas doenças.
De acordo com o diretor-geral da Seab, Newton Pohl Ribas, os produtores das bacias leiteiras de Castro, Carambeí e Witmarsun (em Palmeira), onde há trabalho intenso na área de sanidade, já estão inscrevendo seus rebanhos. ''A declaração será um diferencial importante na hora de entregar o leite e comercializar os animais, pois o produtor irá agregar valor ao seu rebanho'', apontou.
Outro diferencial do Agroleite 2005 é o projeto da Castrolanda, iniciado no ano passado. Trata-se da Unidade Demonstrativa do Sistema de Produção de Leite para expor, na prática, todas as etapas da cadeia produtiva. A expectativa é de que aproximadamente dois mil produtores passem pela unidade para tirar dúvidas sobre a atividade leiteira e conhecer novas técnicas de manejo.
A expectativa dos organizadores é de que 35 mil pessoas visitem o Agroleite até o sábado. São mais de 90 criadores expositores, 800 animais das raças holandesa, jersey e pardo-suíça e 150 empresas fabricantes de equipamentos para o setor. O evento deve movimentar perto de R$ 8 milhões.
Fonte: Folha de Londrina/PR (por Andréa Lombardo), adaptado por Equipe MilkPoint
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BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 10/08/2005
Parece brincadeira, mas não é. Agora, perplexo, vejo o empenho da indústria e do comércio em forçar o produtor a pagar pela propaganda que levaria a um maior consumo do leite. Mesmo com o preço do leite mais baixo ainda, os únicos que lucram com a atividade vão conseguir convencer os produtores a pagar pela propaganda. É lógico que o mote será: vender mais barato ainda, para que aumente o consumo e, depois, "suba" os lucros.
Em todos os países democráticos do mundo desenvolvido, o Estado intervém no sistema do leite e da carne. No Brasil, não precisa porque os produtores rurais se contentam em comer terra.
<b>Comentário</b>:
Caro Sérgio,
O produtor é, "em tese", o maior beneficiário do aumento de consumo via marketing institucional, porque produz uma commodity, sem marca. Aumentando-se o consumo de lácteos, aumentará seu mercado. Por causa disso, quase todos os países que têm marketing institucional forte tem no produtor um contribuinte importante.
Você abordou, no entanto, um aspecto importante, que é o fato do produtor nem sempre obter a fatia que espera ou merece na cadeia de produção. Isso é verdade para atividades que operam na chamada concorrência perfeita, caracterizada pelas baixas barreiras de entrada e saída, produto não diferenciado e muitos fornecedores, de forma que, individualmente, um produtor não tem como alterar o mercado.
Na concorrência perfeita, o lucro econômico tende a zero. Para evitar isso, o produtor pode diferenciar seu produto ou, caso permaneça produzindo uma commodity, contar com ajuda governamental para proteção de preços (o que acredito não ser possível hoje) ou trabalhar melhor as cooperativas, para equilibrar as forças de mercado.
No meu modo de ver, descartar a idéia do marketing pago pelos produtores, pelo fato do produtor não conseguir reter uma parcela maior do valor não é a melhor estratégia. Acredito que o caminho seria trabalhar nas duas frentes. O marketing é uma corrida contra o relógio - os produtos concorrentes estão aí, aumentando em quantidade e qualidade, e nosso mercado está estagnado há anos, em termos per capita.
Obrigado pelo comentário.
Atenciosamente,
Marcelo Pereira de Carvalho
Coordenador do MilkPoint