Agroindústria encerrou 2021 no 'zero a zero'

O Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) fechou 2021 com resultado estável na comparação com o ano anterior. Saiba mais sobre o índice aqui.

Publicado por: MilkPoint

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O Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) caiu 2,1% em dezembro ante o mesmo mês de 2020, mas registrou variação positiva de 3,9% em relação a novembro e, com isso, fechou 2021 com resultado estável na comparação com o ano anterior.

Figura 1

O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.

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A alta sobre dezembro foi definida por crescimentos tanto no grupo de produtos não-alimentícios (4%) quanto no formado por alimentos e bebidas (3,8%). No primeiro, os destaques foram os avanços dos biocombustíveis (16,9%) e da área de fumo (10,9%); no segundo, a maior variação positiva foi a dos produtos alimentícios de origem vegetal (7,1%).

“Apesar de a produção agroindustrial não ter registrado queda em 2021, a estagnação [variação de 0%] não se apresenta como uma boa notícia, uma vez que 2020 foi marcado pelos efeitos mais adversos (em termos econômicos) do início da pandemia da Covid-19 no país e, logo, a base de comparação é estreita”, avaliam os pesquisadores do FGV Agro.

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Também vale notar que o resultado final do ano passado foi estável graças ao crescimento de 7,5% da produção de produtos não-alimentícios, uma vez que no grupo formado por alimentos e bebidas houve retração de 6,2%. O centro da FGV também destaca que a agroindústria brasileira encerrou 2021 com um nível de produção 3,6% inferior a fevereiro de 2020, antes do início da pandemia.

O FGV Agro mantém cautela em relação a 2022. No cenário base projetado, prevê para o acumulado do ano uma pequena expansão de 0,4%, fruto de altas de 0,3% no setor de alimentos e bebidas e de 0,6% na área de produtos não-alimentícios.

O cenário traçado leva em conta que a pandemia será controlada; que a economia brasileira registrará avanço modesto no ano (0,3%); que a inflação continuará elevada (5,5%); que as turbulências geopolíticas externas serão amenas; e que haverá pouca instabilidade no país por causa das eleições.

Se o horizonte se mostrar mais amigável, o PIMAgro poderá subir até 1,8%. Se apresentar piora, poderá recuar até 1,3%.

As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint.

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