Agricultores protestam contra multinacionais no Fórum Mundial

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Os graciosos mamíferos que simbolizavam a campanha publicitária da Parmalat viraram alvo dos agricultores familiares durante manifestação no 5º Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre (RS), para o lançamento da campanha contra o abuso corporativo. Em frente a uma fábrica desativada da Parmalat, integrantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-Sul) e da ActionAid Brasil protestavam contra o monopólio das multinacionais que dominam o comércio na indústria alimentícia no Brasil.

Segundo o diretor de políticas da ActionAid Brasil, Adriano Campolina, o controle das multinacionais tem contribuído para o aprofundamento da pobreza no Brasil e em outros países. "No nosso país o controle do setor de leite pela Nestlé e pela Parmalat levou à exclusão de 50 mil agricultores familiares". No total, 70 mil agricultores abandonaram a atividade leiteira devido às políticas de preços achatados pagos ao produtor.

Campolina explica que o preço pago pelo litro de leite se diferencia de acordo com o produtor. "Cada vez mais as multinacionais incentivavam grandes fazendeiros a fornecer leite. O preço pago pelo litro é maior para os grandes produtores e menor para os agricultores familiares".

O coordenador geral da Fetraf-Sul, Altemir Tortelli, lembra que quando a Parmalat veio para o Brasil, há dez anos, passava para a sociedade e para os agricultores a imagem de que os problemas do setor seriam superados. "Prometeram melhorar o preço do leite para o agricultor, gerar empregos e colocar um produto de qualidade a preços melhores para a população urbana. Estamos vendo que, na prática, nenhuma dessas promessas aconteceu", afirma.

Para solucionar esse problema, os manifestantes reivindicam outra forma de comercialização de produtos, centrada no cooperativismo das associações da agricultura familiar. Campolina explica que é possível produzir, beneficiar e distribuir alimentos sem as multinacionais. "O exemplo das cooperativas e associações da agricultura familiar demonstram essa viabilidade".

Fonte: Agência Brasil (por Bianca Estrella e Christiane Peres), adaptado por Equipe MilkPoint
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