As ações da Parmalat Finanziaria SpA, a fabricante de alimentos que esteve no centro do maior episódio de concordata da história da Itália, voltam a ser negociadas hoje, em Milão. A expectativa dos analistas é de valorização, neste momento, quando o presidente da empresa, Enrico Bondi, tenta recuperar mais de ?1 bilhão (US$ 1,2 bilhão) dos bancos com que a Parmalat negociava.
A empresa, fundada por Calisto Tanzi, entrou em concordata em dezembro de 2003. Os credores da fabricante do leite longa vida e dos sucos Santal estão trocando US$ 16,7 bilhões em ações antigas por novos títulos como parte do plano de reestruturação formulado por Bondi. Ele está lutando para recuperar recursos da empresa por meio de mais de 50 ações judiciais movidas contra bancos como o Credit Suisse First Boston e o Deutsche Bank AG.
O presidente do conselho administrativo da Granarola, a segunda maior empresa de laticínios da Itália, Luciano Sita, disse em entrevista concedida em fevereiro, que considerava a possibilidade de assumir o controle acionário da Parmalat depois que as ações da empresa voltassem ao mercado acionário.
"O dinheiro adicional poderia ajudar a Parmalat. Basta olhar para a Fiat e para o quanto os pagamentos feitos pela General Motors para encerrar a aliança entre as duas empresas ajudaram a companhia italiana", disse Claudio Morsenchio, que auxilia na administração de ?560 milhões em ativos no Banco Emiliano Romagnolo SpA, de Bolonha. Ele ainda detém cerca de 60 mil das antigas ações da Parmalat, que não têm valor nenhum. "Recursos como esses também poderiam ajudar a Parmalat a se proteger contra ofertas de tomada de controle hostis".
O valor da Parmalat no mercado de balcão já aumentou 25% este mês, para cerca de ? 2,75 por ação. Isso atribuiria à nova Parmalat um valor de mercado de aproximadamente ?4,4 bilhões, comparativamente à alta máxima de ?3,3 bilhões, registrada pela empresa em 2002.
O pedido de concordata da Parmalat varreu do mapa as economias de mais de 100 mil investidores em ações e bônus da empresa italiana, que, ao deixar de quitar suas dívidas, fez com que suas ações despencassem e perdessem 63% de seu valor em 22 de dezembro de 2003.
Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe MilkPoint
Ações da Parmalat começam a ser negociadas hoje
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