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Acidez no leite prejudica produtores

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/08/2003

2 MIN DE LEITURA

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Jesus Candido de Assunção é um dos vários pecuaristas em todo o País que vem tendo prejuízos com a acidez no leite. O produto da ordenha na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, de sua propriedade, localizada no município de Trindade (GO), tem sido freqüentemente recusado pela indústria por apresentar acidez no teste com o alisarol.

O produtor disse que tentou todas as alternativas possíveis para resolver o problema, mas não conseguiu identificar a causa. Os equipamentos, materiais e procedimentos que envolvem a ordenha foram observados, a exemplo da lavagem e desinfecção dos baldes, tambores e tanques de resfriamento.

O sal mineral foi trocado, com introdução de uréia, bicarbonato de sódio e antiácido e o teste de CMT, realizado em todas as vacas, apresentou resultado negativo. O teste com o alisarol, que indica o grau de acidez do produto, segundo Assunção, é sempre feito duas horas após a ordenha.

O produtor recebeu de veterinários a orientação para encaminhar amostras do leite e do sal mineral, que era fornecido aos animais, para análise no laboratório da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Goiás. Embora o laudo tenha indicado falhas na formulação do sal, fabricado por uma grande empresa nacional, um zootecnista da empresa visitou a propriedade e atribuiu o problema ao capim braquiarão, consumido pelo gado. O produtor ponderou, no entanto, que explora a atividade há três anos e nos dois anos anteriores o problema não ocorreu.

O veterinário e professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo, Luís Fernando Laranja, confirmou a freqüência do problema em várias regiões do País. Para ele, o produtor tomou todas as medidas corretas para tentar resolver o problema da acidez no leite, que vem sendo relacionado a ocorrências até agora classificadas com a denominação "síndrome do leite anormal".

O problema foi diagnosticado em Cuba, pela primeira vez, por pesquisadores do país, desencadeando estudos no mundo inteiro para tentar elucidar alterações aparentemente inexplicáveis na qualidade do leite. Há especulações baseadas em pressupostos teóricos, mas não existem experimentos científicos que comprovem que são verdadeiros ou não.

Entre as suspeitas principais, segundo Laranja, destaca-se a questão da mineralização e neste caso a adição do bicarbonato na dieta geralmente resolve o problema. Outra especulação diz respeito ao balanço protéico da dieta, um desequilíbrio ocasionado, por exemplo, pelo excesso de uréia que estaria desestabilizando a estrutura protéica do leite.

O teste de alisarol, explicou, indica a estabilidade do leite. A acidez relaciona-se a uma alteração na estrutura mineral ou protéica do produto. Para o professor, no entanto, é preciso haver um entendimento melhor entre a indústria de laticínios e o produtor, pois este leite que está sendo descartado, a princípio, é de boa qualidade e poderia ser aproveitado para os mais diversos fins.

Fonte: O Popular/GO (por Evandro Bittencout), adaptado por Equipe MilkPoint

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JOSÉ MONTEIRO MAGALHÃES FILHO

RIO VERDE DE MATO GROSSO - MATO GROSSO DO SUL

EM 04/05/2013

Achei otima a reportagem sobre a leptospirose no rebanho. Coisa que praticamente sõ inimaginaveis na vida de um produtor. Isso é um alerta para se cuidar muito da higienização nas ordenhas, no sentido de se evitar no máximo a acidez do leite. Grato,



José
UBIRAMAR AUGUSTO SCHALCH

ANALÂNDIA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 19/08/2003

Há aproximadamente 5 anos, na região do Pontal de Minas Gerais, em assessoria prestada a cooperativas daquela região que procuravam por melhoria nas condições de qualidade do leite recebido nas plataformas, encontramos casos semelhantes onde todas as orientações relativas a ordenha higiênica (principal responsável pela baixa qualidade do leite) eram ministradas aos produtores através de palestras e dias de campo. Porém em algumas propriedades o trabalho não apresentava o êxito esperado principalmente no que diz respeito a teste de alizarol.

Por ter provocado surpresa, efetuamos diversos exames nestes rebanhos e, coincidentemente (ou não), todos apresentaram animais com leptospirose.

Juntamente com o tratamento dos animais e vacinação contra leptospirose efetuamos novamente o treinamento em ordenha higiênica com os ordenhadores destas propriedades especificamente e o problema foi-se atenuando até a plena solução.

Verificando as bibliografias existentes relacionadas ao assunto na época, não encontrei nenhum tipo de relacionamento entre a leptospirose e a acidez do leite. Ressalto ainda que foi reforçada a orientação em relação a ordenha higiênica, fator que considero como responsável por praticamente a totalidade dos problemas relacionados com acidez e qualidade do leite de forma geral.

Entretanto, fica a observação sobre esta "coincidência" que foi, no mínimo, interessante. Além do mais, eliminar a leptospirose do rebanho fará bem para o bolso do produtor, independentemente do problema de qualidade.

Att.

Eng. Agrº. Eduardo de Paula Nascimento
ALINE MACHADO CARVALHO

OUTRO - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/08/2003

Sou técnica em laticínios, produtora rural e diretora comercial de uma cooperativa de leite e em meus anos de experiência posso garantir que é comum este fato que além do dito no artigo pode-se considerar fermentações na dieta, por exemplo silagem com fermentação indevida ("ácida"), cana picada com antecedência , falta de limpeza frequente dos cochos.

A muito cobro a pesquisadores estas respostas e estudos que insistem em dizer não ter qualquer ligação, porém ao fornecer bicabornato ou fosfato bicálcico ou mesmo calcáreo a situação se normaliza. Outro assunto de extrema urgência em pesquisas é o fato da crioscopia (exame do leite aonde se detecta fraudes por aguagem). Sou testemunha de casos de crioscopias extremamente baixas coletadas nas ordenhas sem explicação alguma.

O pior de tudo é que a indústria ou cooperativa não tem como ajudar a salvar o produtor, pois a legislação impede a mesma que receba o produto fora dos padrões da fiscalização. O que precisamos realmente são de pesquisadores capazes que estudem estes dois problemas, desafios descartados por muitos, que atingem o produtor, e a indústria, causando prejuízos a todos.
JAVIER BERTERRECHE

PESQUISA/ENSINO

EM 18/08/2003

A "Síndrome de leite anormal" não produz alta acidez, pelo contrário, o SLA foi descrita em leite com instabilidade ao álcool e BAIXA acidez.

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