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Argentina retoma status no mercado de soja

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 21/11/2018

2 MIN DE LEITURA

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Se já ajudaram a evitar um achatamento mais agudo das margens de lucro da indústria argentina de soja neste ano, marcado por forte queda da produção do grão, a disputa comercial entre Estados Unidos e China no momento alimentam perspectivas promissoras para o segmento no país sul-americano nesta temporada 2018/19.

Isso porque importar a matéria-prima dos EUA continua interessante para as empresas que a processam para fabricar farelo e óleo de soja na Argentina, o que tem evitado erosões nos estoques e deverá motivar a recuperação do vizinho no mercado exportador do grão no ano que vem, sem prejuízo aos embarques dos derivados.

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), no ciclo 2016/17, quando produziu 55 milhões de toneladas de soja, abaixo apenas de EUA e Brasil, a Argentina se manteve como o terceiro maior país exportador do grão (7 milhões de toneladas) e liderou as vendas externas de farelo (31,3 milhões de toneladas) e de óleo (5,4 milhões).

Em 2017/18, com uma colheita de 17,2 milhões de toneladas menor (37,8 milhões), conforme o USDA, o país viu seus embarques do grão recuarem 70%, para 2,1 milhões de toneladas, mas registrou quedas bem menores nas exportações de farelo e óleo - 19,1% e 23,4%, respectivamente.

As estimativas do USDA deixam claro que essas reduções menores, embora significativas, refletiram um maior uso de estoques (ver infográfico) e, sobretudo, de grãos importados para o processamento. No ciclo 2016/17, a Argentina importou 1,7 milhão de toneladas do grão, volume que subiu para 4,8 milhões de toneladas em 2017/18.

E as compras continuam aquecidas neste ano-safra 2018/19, que, para efeitos estatísticos, teve início em setembro. Segundo o USDA, apenas na semana encerrada no dia 9 de novembro as importações argentinas do grão dos EUA, desvalorizado em razão das disputas entre Washington e Pequim, somaram 250 mil toneladas, maior volume semanal em 35 anos.

"Esse volume é uma surpresa", disse na semana Terry Reilly, analista sênior da Futures International radicado em Chicago, à agência Bloomberg "Eles [os argentinos] estão comprando muito mais soja do que se pensava". E isso claramente pela oportunidade gerada às indústrias pela queda das cotações da soja americana, já que os estoques do país permanecem em aproximadamente 35 milhões de toneladas.

Essa estratégia poderá turbinar a recuperação das trincheiras argentinas no mercado global em 2018/19. Até agora, o USDA projeta a produção de soja do país na safra em 55,5 milhões de toneladas estima as exportações do grão em cerca de 8 milhões de toneladas, as de farelo em 29,8 milhões de toneladas e as de óleo de soja em 5,1 milhões.

Se os números se confirmarem, o país retomará, embora continue taxando as exportações do complexo, o status de 2016/17, novamente deixando o Brasil em segundo plano nas exportações de farelo e reduzindo os prêmios pelo grão brasileiro nos portos - ainda mais inflados pela oferta escassa no vizinho neste ano já marcado pelas disputas sinoamericanas.

 Mas, principalmente nas exportações de derivados, os resultados poderão ser até melhores, a depender do destino das tensões entre EUA e China, que podem perder força a qualquer momento - ou não, como sinalizam as muitas idas e vindas recentes. 

Os movimentos na Argentina são liderados por grandes múltis que operam em todos os grandes países exportadores e importadores e, para esses grupos, buscam preservar ao máximo margens de lucro que encolheram nos últimos anos com um aumento da oferta superior ao da demanda. 

As informações são do jornal Valor Econômico. 

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