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Por que a incidência de doenças é alta em vacas em transição?

EDUCAPOINT

EM 09/03/2020

4 MIN DE LEITURA

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O período de transição é essencial para o sucesso da cadeia produtiva leiteira. Isso porque, nesse período, o animal está transitando entre o período seco ao período de lactação, conforme podemos ver na figura abaixo:
 
 
Durante esse período, ocorrem muitas modificações metabólicas, imunológicas e de adaptação à lactação.
 
Desafios do período de transição
 
Alguns fatores desafiadores acontecem durante o período de transição:
 
1) Crescimento fetal final
 
Um dos fatores que está acontecendo durante o período de transição é o crescimento fetal final. Dessa forma, muitos fatores do sistema imunológico estão obstruídos para que não identifiquem o feto como algo estrangeiro no corpo do animal. Isso altera extremamente o sistema imunológico de vacas leiteiras. Além disso, a demanda por nutrientes para o crescimento do feto é maior e a vaca mobiliza reservas corporais para atender estas exigências alterando seu metabolismo. 
 
2) Síntese de colostro
 
A síntese do colostro requer várias modificações na glândula mamária.
 
3) Parto
 
O parto em si é mais um evento estressante para a vaca leiteira.
 
4) Adaptação à lactação
 
Nesse período, o animal vai se tornar lactante, havendo, assim, um aumento da produção leiteira e consequente adaptação da glândula mamária a isso.
 
Devido a essas grandes transformações que ocorrem nesse período de vida da vaca leiteira, há uma demanda diferenciada de energia e nutrientes, ao mesmo tempo em que há uma redução no consumo de matéria seca logo antes do parto. Além disso, o grande aumento na produção de leite das vacas leiteiras gera um requerimento muito grande no consumo de energia.
 
Assim, muitas vezes ocorrem desbalanços energéticos nessa fase, levando ao desenvolvimento de doenças, como hipocalcemia, hipomagnesemia, retenção de placenta, metrite, hiperacetonemia e endometrite. Todas essas afecções estão associadas com os distúrbios metabólicos que acontecem no período de transição.
 
A falta de diagnóstico de doenças é um problema crônico em muitas fazendas. Isso ocorre, muitas vezes, por desconhecimento sobre como fazer o diagnóstico ou por falta de treinamento adequado de funcionários responsáveis pela saúde do rebanho.
 
No entanto, fazer o diagnóstico de doenças de forma correta e rotineira é um aspecto crítico em qualquer fazenda leiteira.
 
Uma outra prática comum em fazendas, mas que também prejudica muito no controle de doenças é não anotar os casos, ou seja, embora o diagnóstico seja feito, não há um método de captação de dados que permita compilar e acessar rapidamente as informações. Lembrando que informações de difícil acesso dificulta a tomada de decisão.
 
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Vacas de alta produção são mais susceptíveis 
 
Uma outra questão que agrava a ocorrência de doenças em vacas, especialmente no período de transição, é a seleção para produção de leite. Isso porque a prioridade desses animais selecionados é produzir leite, com seu corpo direcionando grande parte de sua energia para isso.
 
Para entender melhor, pode-se fazer uma comparação. Um ser humano médio possui uma exigência calórica de cerca de 2000-2500 quilocalorias por dia. No entanto, indivíduos que praticam atividades físicas intensas, ou seja, atletas de alta performance, têm exigências calóricas muito maiores, de 6000-8000 quilocalorias, ou seja de 2,5 a 3,5 vezes a exigência de um ser humano típico.
 
Da mesma forma, a vaca Holandesa média, que produz 11 mil quilos de leite, mas que chega ao pico de produção de 45 quilos de leite por dia tem uma necessidade de mantença de cerca de 15.000 quilocalorias de energia metabolizável. Já a energia calórica para a síntese de leite é de 55.000 quilocalorias. Assim, a necessidade diária total dessa vaca é de 70.000 quilocalorias de energia metabolizável por dia. Essa exigência representa quase 5 vezes mais do que uma vaca que não está produzindo leite precisaria.
 
Ou seja, a vaca média, que produz 11 mil quilos de leite (o que equivale a apenas um terço do potencial da raça Holandesa) tem em seu pico de produção uma necessidade nutricional que é muito superior a um superatleta humano. E é por isso que os problemas acabam ocorrendo.
 
Vacas que estão acima da média na produção, como uma vaca que alcançou o recorde de 104 quilos de produção de leite ao dia no pico de produção, precisa de 113.000 quilocalorias somente para a síntese de leite, somando no total uma demanda de 128.000 quilocalorias por dia, ou seja, 8,5 vezes a necessidade de mantença para suprir as suas exigências nutricionais.
 
Assim, fica claro que não é difícil ocorrerem erros no manejo dessas vacas de alta produção, que acabam levando a perdas. As perdas que são mais sensíveis a esses erros são aquelas que não são essenciais para a vida da vaca, como por exemplo, a reprodução, que tem uma escala prioritária menor e é a primeira a ser comprometida (leia mais sobre isso: Por que o estresse calórico afeta a reprodução de bovinos leiteiros?).
 
Como anda a saúde de suas vacas, especialmente as de alta produção? Sua fazenda tem um método eficiente de diagnóstico de doenças?
 
Mais informações:
contato@educapoint.com.br
Telefone: (19) 3432-2199
WhatsApp (19) 99817- 4082
 

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