O Programa Conexão Leite e Derivados, apresentado pelo professor Paulo Martins, contou com a participação de João Costa, professor assistente da Universidade de Kentucky (EUA), abordando assuntos sobre a pecuária de precisão e o bem-estar animal.
Ele iniciou No Canadá e atualmente mora nos Estados Unidos, onde ldiera grupo de pesquisa voltado ao comportamento animal e à pecuária de precisão, focado no desenvolvimento e uso de tecnologias na atividade leiteira, e exalta a intenção de trazer soluções para os problemas nessas áreas. “Estamos tentando conhecer alternativas para os problemas nessas áreas por meio da tecnologia e do uso de dados, buscando aumento da eficiência econômica e produtiva focando no bem-estar dos animais”, destacou ele.
“Fazer pesquisa no Brasil é se reinventar”
Diante da realidade do nosso país, a burocracia e as barreiras para ser um pesquisador são maiores. João relatou isso com sua experiência de pesquisador no Brasil e nos Estados Unidos e enfatizou a necessidade de ser flexível e resiliente para seguir nessa área. “Na América do Norte como um todo a infraestrutura está mais estabilizada na ciência, o que acaba trazendo algumas facilidades. Brinco que fazer pesquisa no Brasil é ter que se reinventar, você vai ser um pouco de tudo, um pouco de recursos humanos, um pouco de inventor... Na América do Norte o pesquisador já tem essa base mais estável”, contou João que relatou sobre a questão de recursos também ser ponto complexo para a pesquisa do Brasil.
O que é pecuária de precisão?
A tecnologia tem adentrado ao setor de leite cada vez mais e isso é incontestável. Utilizar os dados que as inovações tecnológicas proporcionam é aplicar pecuária de precisão. “Monitorar os dados, captá-los e analisá-los de forma correta e tomar decisões de manejo automáticas em cima destes. Isso é agricultura de precisão”, traduz o professor, ressaltando a importância e benefícios de ter cada vez mais esse tipo de tecnologia na atividade leiteira.
Importância dos dados
O consumidor tem ficado cada vez mais exigente com a origem dos produtos que consome. Isso traz a necessidade de todos os elos envolvidos no processo do leite se adequarem a essas exigências e passar a captar dados que possa transmitir essa informação ao produtor, e a tecnologia do a agricultura de precisão e o leite 4.0 vieram para isso. “O consumidor está mudando, está muito mais exigente, e nós temos que nos adequar. Temos projetos de pesquisa para entender a relação com o consumidor e como melhorar isso.”
A entrevista contou ainda com papo sobre produtos de origem vegetal e o futuro do setor. Confira na íntegra abaixo.
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