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CE: instituído Dia Estadual do Queijo Coalho

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/01/2020

3 MIN DE LEITURA

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Um dos petiscos mais pedidos em bares e restaurantes cearenses agora tem um dia dedicado a ele. O queijo coalho artesanal acaba de ganhar o 15 de julho como data comemorativa no Ceará. O trâmite para entrar no calendário do Estado partiu da Assembleia Legislativa. Em novembro deste ano, o Governo sancionou o projeto de lei. Em Fortaleza, nomes conhecidos e novos queijeiros esperam incentivos no comércio da iguaria.

Raimundo Oliveira Araújo, o "Raimundo do Queijo", leva no apelido o derivado do leite. Aos 84 anos, ele abre o comércio às 6h da manhã e fecha às 5h da tarde, de segunda a domingo. Raimundo conta que, com a data em alusão ao queijo, espera incentivos nas vendas, em especial neste período de férias. Dos municípios de Iracema e Tauá, ele traz, há mais de 30 anos, o queijo coalho artesanal.

Especialista na iguaria, indica os consumidores a buscarem queijos em tons mais brancos e ensina como fazer boas combinações. "Vai bem acompanhado de uma cerveja ou mesmo dentro de uma boa paçoca. E essa história de queijo com furo ou sem não existe. É tudo a mesma coisa. A qualidade está no que a vaca come. O leite recebe tudo que ela come", explica Raimundo do Queijo.


Raimundo do Queijo é tradição no Centro de Fortaleza, onde comercializa a iguaria há mais de 30 anos Foto: Camila Lima

Luxo

Na Maraponga, uma Boutique vende queijo coalho com as mais diversas misturas. Com ervas finas ou calabresa, o chef Duílio Costa recebe, semanalmente, moradores de outros bairros e até vans com turistas.

Uma das peculiaridades do espaço é que os queijos comercializados são produzidos com leite de vaca Jersey. O ingrediente dá mais cremosidade ao produto final. O chef Duílio Costa afirma que é possível incluir o alimento do café da manhã até o jantar. "Ele, por ser um queijo sutil, pode ser utilizado com lanche ou com mel de abelha. Uma mistura adocicada. Tem sabor delicado. Quando é um queijo novo, com pouca maturação, na parte de petiscos, pode ser consumido com peixe, azeite, pimenta calabresa e manjericão. Ele também harmoniza muito bem com um vinho com pouca presença, tipo Merlot ou até Chardonnay".


Chef Duílio Costa aposta na mistura do queijo coalho com especiarias para atrair clientes no bairro MarapongaFoto: Natinho Rodrigues

Renata Magalhães, consumidora fiel de queijo coalho, buscou a Boutique para ter novas experiências gastronômicas, além de aprender como harmonizar a iguaria com um bom vinho. "O queijo coalho é o meu preferido. Ainda estou aprendendo a harmonizar com os vinhos. É um sabor diferente para gente que tem o coalho como algo simples", explica.

Memória

Laços criados a partir do paladar. Aroma e sabor tratados como sentimentos. Para o engenheiro de alimentos José Fernando Mourão Cavalcante, autor da publicação "Queijo Coalho Artesanal do Nordeste do Brasil", o alimento nordestino está ligado diretamente à memória afetiva de turistas e cearenses. "Os turistas vêm ao Estado e provam esse queijo coalho em diversas ocasiões. Nos restaurantes, é ingrediente no baião de dois. Nas praias, está presente no comércio de ambulantes sendo vendido assado. Essa lembrança fica na memória afetiva gastronômica para sempre. Ele vai associar o Ceará àquele sabor que experimentou. Resumindo: o queijo coalho tem grande importância nesses segmentos e fortalece a cultura gastronômica cearense", analisa Fernando Mourão.

Conforme o estudioso, o Ceará é um dos maiores produtores de queijo coalho da região Nordeste. Atualmente, disputa o comércio da iguaria com Pernambuco. Na sua avaliação, a data comemorativa em alusão ao alimento fortalece a cultura queijeira em regiões que vivem desta produção. "É o reconhecimento de um patrimônio imaterial do povo cearense. Representa a história da cultura gastronômica do nosso Estado. Nada melhor que um dia para resguardar essa cultura", justifica.

Conforme o engenheiro de alimentos, mesmo com a data fixada no calendário estadual, ainda é preciso que haja o fortalecimento de políticas públicas fortalecidas sobre o laticínio. "Para reforçar a cultura queijeira cearense, os municípios precisam seguir três fatores importantes: divulgar junto à população o que são queijos artesanais e os benefícios do consumo - com dados das características de sabor, aroma e estrutura; tirar produtores do interior da informalidade. E, por fim, que sejam realizados mais eventos estaduais como feiras, festivais e concursos que englobem a parte gastronômica do queijo coalho", diz Mourão.

As informações são do Diário do Nordeste.

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