A americana Cargill, maior companhia de agronegócios do mundo, encerrou o segundo trimestre de seu ano fiscal de 2020, em 30 de novembro de 2019, com lucro líquido global de US$ 1,19 bilhão. O resultado foi 61% maior que o registrado no mesmo trimestre do exercício anterior, turbinado pela venda da participação da empresa no fundo CarVal Investors. O lucro operacional ajustado cresceu 19% na mesma comparação, para US$ 1,02 bilhão, e a receita subiu 4%, para US$ 29,2 bilhões.
A melhora dos resultados operacionais foi garantida pelo crescimento das vendas nos negócios de proteína e nutrição animal e pela área de serviços industriais e financeiros. No primeiro caso, o desempenho foi favorecido pelo momento positivo para o mercado de carnes em virtude da epidemia de peste suína africana na Ásia. A Cargill se beneficiou deste momento após recentes aquisições, investimentos e transformações internas nas operações de nutrição animal e de aves.
A companhia também informou que se antecipou às mudanças de regras para a navegação marítima internacional que começam a valer neste ano, o que ajudou seu negócio de transportes. Por outro lado, a Cargill continuou a sentir os impactos negativos das incertezas comerciais entre Estados Unidos e China e de problemas climáticos na América do Norte na área de originação e processamento.
A multinacional destacou, ainda, que várias linhas de produtos globais de ingredientes alimentares tiveram resultados mais fracos, como adoçantes e amidos na Europa e no Brasil e óleos comestíveis na América do Sul. No caso das vendas de cacau e chocolate, os resultados ficaram estáveis.
Em novembro, a Cargill começou a produzir em escala comercial, por meio de sua joint venture com a holandesa DSM, o adoçante feito a partir da planta estévia EverSweet, sem calorias, na fábrica da companhia em Nebraska. A produção é feita com fermentação de moléculas específicas da folha de estévia e demanda muito menos matéria-prima. O adoçante é voltado para a indústria de alimentos e bebidas.
A companhia também aproveitou a divulgação dos resultados para anunciar que, em dezembro, adotou a meta de reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 30% até 2030 e manteve objetivo anterior de reduzir as emissões em 10% até 2025.
As informações são do Valor Econômico.