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Cruzamento entre Holandês e Jersey: desempenho produtivo

ANDRÉ THALER NETO

EM 13/08/2012

9 MIN DE LEITURA

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Cruzamento entre Holandês e Jersey: Jersolando

Em uma série de artigos pretendemos relatar o que está sendo produzido em termos de informação científica sobre os cruzamentos entre raças leiteiras especializadas, em especial Holandês x Jersey, comumente denominado de Jersolando.

Sabe-se que a produção de leite nas regiões de clima temperado e subtropical tem sido baseada principalmente em raças leiteiras especializadas, com predominância das raças Holandesa e Jersey. Entretanto, o processo de cruzamento entre raças leiteiras especializadas teve como principal ponto de partida o exemplo da Nova Zelândia, onde produtores começaram há vários anos cruzar animais destas raças.
 
Entretanto, em especial a partir de relatos sobre maior incremento na lucratividade com a utilização de sistemas de cruzamentos entre raças especializadas, principalmente Holandês x Jersey, em sistemas de produção baseados em pastagem naquele país (LOPEZ-VILLALOBOS et al., 2000) e com preocupações relativas ao teor de sólidos no leite, sanidade e fertilidade em rebanhos da raça Holandesa, observou-se maior interesse por este tipo de cruzamento.
 
A partir disto, esforços de pesquisa sobre cruzamentos entre raças leiteiras especializadas foram intensificados em diversos países de pecuária leiteira avançada, além da Nova Zelândia, tais como os Estados Unidos, com rebanhos experimentais em 5 universidades (Minnesota, Wisconsin, Kentucky, North Carolina State e Virginia Tech), Austrália, Irlanda e Alemanha. Na Nova Zelândia, no início da década passada, vacas cruzadas representavam aproximadamente 25% do rebanho, sendo que atualmente cerca de 39% das vacas em produção são mestiças Holandês X Jersey (DAIRY_NZ, 2011).
 

Por que fazer cruzamentos entre raças?

Muitos produtores de leite, em diversos países, praticam algum tipo de cruzamento entre raças leiteiras especializadas, procedimento este que aumenta a cada ano. Os fatores que motivam este processo incluem principalmente a melhoria no teor de sólidos do leite, fertilidade, longevidade e facilidade de parto, além da redução dos problemas de consanguinidade (CASSELL e MCALLISTER, 2008).

Entrevistas feitas com produtores nos Estados Unidos mostraram que, na ótica destes produtores, foram observadas melhorias na fertilidade, facilidade de parto, saúde e longevidade do rebanho (WEIGEL e BARLASS, 2003). O cruzamento entre raças oferece como vantagens potencias a complementaridade entre raças e vigor híbrido. Visando especialmente a complementariedade, a maior parte dos cruzamentos entre raças leiteiras especializadas têm como base o Holandês, superior em produção de leite, e Jersey, conhecido pela alta concentração de sólidos no leite, rápida maturidade e maior fertilidade (FREYER et al., 2008).

Alguns produtores do Sul do Brasil, observando a utilização de cruzamentos entre raças especializadas no exterior, também iniciaram programas de cruzamentos em suas propriedades. Estes produtores buscam solucionar deficiências nos rebanhos da raça Holandesa referentes à composição do leite, saúde, fertilidade, longevidade e facilidade de parto. Contudo, a falta de informação relacionada às respostas esperadas por esses animais ainda é uma barreira para a utilização destes cruzamentos.
 
A partir desta realidade, iniciamos há cerca de 5 anos uma linha de pesquisa vinculada ao Programa de Pós-graduação em Ciência Animal da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), no seu Centro de Ciências Agroveterinárias (Lages, SC), uma linha de pesquisa visando avaliar o potencial deste recursos genético para as condições de clima subtropical do Sul do Brasil. Apesar dos resultados lentos das pesquisas sobre sistemas de cruzamento, as informações disponíveis no exterior e no país já podem auxiliar técnicos no processo de tomada de decisão relacionado à adoção de sistemas de cruzamento e a peculiaridades técnicas de manejo dos rebanhos.

Na Nova Zelândia, em sistema com alimentação baseada em pastagem e parição sazonal e utilizando cruzamento entre raças especializadas, Lopez-Villalobos et al. (2000), observaram que a produção de leite, gordura e proteína/vaca/ano e de leite/ha/ano das vacas mestiças Holandês X Jersey, superavam levemente os valores intermediários das raças originárias, como resultado de heterose, superando as raças puras, especialmente em lucro/ha/ano.
 
Em sistema confinado nos Estados Unidos, Heins et al. (2008) observaram maior produção de leite em vacas da raça Holandesa em relação as mestiças ½ Holandês x Jersey (7705 vs. 7147 kg), com teores de proteína e gordura maiores nas vacas mestiças. Em diversos trabalhos (LOPEZ-VILLALOBOS et al., 2000; AULDIST et al., 2007; HEINS et al., 2008), vacas mestiças Holandês x Jersey produziram aproximadamente 93% da quantidade de leite das vacas puras Holandês, independente do sistema de produção (Figura 1).
 
De maneira Similar, em um estudo no Sul do Brasil (Imagem de algumas vacas ½ Holandês x Jersey deste trabalho encontram-se na Figura 2), observamos produção de aproximadamente vaca ½ Holandês x Jersey com produção equivalente a 94% das puras Holandês (8966 vs 9509 kg em 305 dias de lactação) (RODRIGUES, 2009; THALER NETO et al., 2010). Diferença um pouco menor para produção de leite foi observada por Prendville (2010) em vacas à pasto na Irlanda (17,1 vs. 18,0 kg/dia), correspondendo a 95% da produção das puras Holandês.

Até o momento ainda existem poucos estudos sobre o desempenho de vacas com outros percentuais das raças Holandesa e Jersey nos sistemas de cruzamento. Em um estudo desenvolvido por Bjelland et al. (2011), na Universidade de Wisconsin (USA), nos quais vacas da raça Holandesa foram acasalados com touros ½ Holandês x Jersey não provados a produção de leite destas vacas ¾ Holandês foi de 11456kg contra 12645kg em 305 dias de lactação nas vacas puras, correspondendo a aproximadamente 91%.

As pesquisas demonstram que ocorre aumento nos teores de proteína e gordura, quando rebanhos da raça Holandesa são cruzados com Jersey, sendo este um dos principais motivos para a adoção dos sistemas de cruzamento nas condições em que a concentração de sólidos afeta o preço do leite. Nos estudos acima citados a concentração de gordura no leite de vacas mestiças superou as vacas puras Holandês em 0.25 a 0.35 pontos percentuais, sendo a superioridade em proteína de 0.05 a 0.20 pontos percentuais.
 
Entretanto, na maioria dos trabalhos a produção total de gordura/lactação se manteve estável. Exceção ocorreu em nosso trabalho no Sul do Brasil (RODRIGUES, 2009; THALER NETO et al., 2010), no qual foi observado maior produção de gordura em vacas mestiças. Tendência de maior produção de sólidos (gordura+proteína) foi observada para vacas mestiças a pasto na Irlanda, quando comparadas as puras Holandês (PRENDIVILLE et al., 2009). Em vacas ¾ Holandês, Bjelland et al. (2011) observaram produção de gordura similar às vacas puras Holandês.

Ainda existem relativamente poucos trabalhos avaliando a eficiência alimentar e capacidade de consumo de alimentos das vacas mestiças em relação às puras. Em condições de produção baseada em pastagem, com pequena suplementação concentrada no início da lactação, na Irlanda, Prendiville et al. (2009) observaram que o consumo diário de matéria seca/dia das vacas mestiças não difere das puras Holandês.
 
Entretanto, vacas mestiças e Jersey apresentaram maior consumo de matéria seca como percentagem de peso vivo em relação às puras Holandês, assim como maior eficiência alimentar, tanto em termos de produção de sólidos do leite/100kg de peso vivo, como em kg de sólidos do leite/kg de matéria seca ingerida. Os autores concluem que o cruzamento entre Holandês e Jersey irá resultar em vacas adequadas para sistemas de pastagem, devido à elevada ingestão de pasto, com o benefício adicional de melhoria produção e eficiência alimentar, sendo consequência do vigor híbrido e da complementaridade entre as raças.

Estimativas de heterose para características produtivas em torno de 6% a 7% têm sido reportadas para animais mestiços ½ Holandês x Jersey, com valores baixos também para características funcionais quando analisadas de maneira isolada (MCALLISTER, 2002; WEIGEL e BARLASS, 2003; MALTECCA et al., 2006). Prendiville et al. (2009) estimaram heterose de 0,69kg de leite/dia, o que corresponde a 4,3%. Entretanto, níveis de heterose mais elevados podem ser obtidos quando se avalia características como lucro vitalício das vacas, visto que esta variável é fruto da ação conjunta de diversas variáveis (MCALLISTER, 2002).

A partir dos resultados apresentados pode-se concluir que, do ponto de vista da produção, a adoção de cruzamento com Jersey em rebanhos da raça Holandesa pode incrementar os teores de proteína e gordura, sendo para esta última próximo a 0,3 pontos percentuais, com redução na produção de leite por vaca de pouco mais do que 5% e algum incremento na eficiência de transformação de alimento ingerido em sólidos do leite.

Nos próximos artigos iremos abordar outros aspectos relacionados ao cruzamento de raças leiteiras especializadas, tais como fertilidade, saúde, longevidade, facilidade de parto e crescimento, além de sistemas de cruzamento e suas implicações.

Bibliografia
AULDIST, M. J.; PYMAN, M. F.; GRAINGER, C.; MACMILLAN, K. L. Comparative reproductive performance and early lactation productivity of Jersey x Holstein cows in predominantly Holstein herds in a pasture-based dairying system. Journal of Dairy Science, v. 90, p.4856-62, 2007.
BJELLAND, D. W.; WEIGEL, K. A.; HOFFMAN, P. C.; ESSER, N. M.; COBLENTZ, W. K.; HALBACH, T. J. Production, reproduction, health, and growth traits in backcross Holstein x Jersey cows and their Holstein contemporaries. Journal of Dairy Science, v. 94, p.5194-203, 2011.
CASSELL, B.; MCALLISTER, J. Dairy Crossbreeding Research: Results from Current Projects. 2008. Disponível em .
DAIRY_NZ. New Zealand Dairy Statistics 2010-11. 2011. Disponível em .
FREYER, G.; KONIG, S.; FISCHER, B.; BERGFELD, U.; CASSELL, B. G. Invited review: crossbreeding in dairy cattle from a German perspective of the past and today. Journal of Dairy Science, v. 91, p.3725-43, 2008.
HEINS, B. J.; HANSEN, L. B.; SEYKORA, A. J.; JOHNSON, D. G.; LINN, J. G.; ROMANO, J. E.; HAZEL, A. R. Crossbreds of Jersey x Holstein compared with pure Holsteins for production, fertility, and body and udder measurements during first lactation. Journal of Dairy Science, v. 91, p.1270-8, 2008.
LOPEZ-VILLALOBOS, N.; GARRICK, D. J.; HOLMES, C. W.; BLAIR, H. T.; SPELMAN, R. J. Profitabilities of some mating systems for dairy herds in New Zealand. Journal of Dairy Science, v. 83, p.144-53, 2000.
MALTECCA, C.; KHATIB, H.; SCHUTZKUS, V. R.; HOFFMAN, P. C.; WEIGEL, K. A. Changes in conception rate, calving performance, and calf health and survival from the use of crossbred Jersey x Holstein sires as mates for Holstein dams. Journal of Dairy Science, v. 89, p.2747-54, 2006.
MCALLISTER, A. J. Is crossbreeding the answer to questions of dairy breed utilization? Journal of Dairy Science, v. 85, p.2352-7, 2002.
PRENDIVILLE, R.; PIERCE, K. M.; BUCKLEY, F. An evaluation of production efficiencies among lactating Holstein-Friesian, Jersey, and Jersey x Holstein-Friesian cows at pasture. Journal of Dairy Science, v. 92, p.6176-85, 2009.
PRENDIVILLE, R.; PIERCE, K. M.; BUCKLEY, F. A comparison between Holstein-Friesian and Jersey dairy cows and their F1 cross with regard to milk yield, somatic cell score, mastitis, and milking characteristics under grazing conditions. Journal of Dairy Science, v. 93, p.2741-2750, 2010.
RODRIGUES, R. S. Crescimento, desempenho produtivo e eficiência reprodutiva de fêmeas leiteiras mestiças Holandês x Jersey em comparação ao Holandês. Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) - Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal. 2009. Disponível em .
THALER NETO, A.; RODRIGUES, R. S.; CÓRDOVA, H. A. Desempenho produtivo de vacas mestiças Holandês x Jersey em comparação ao Holandês. . 47. Reunião Anual da Sociedade Brasileiira de Zootecnia. 2010. Salvador: Sociedade Brasileiira de Zootecnia. p.
WEIGEL, K. A.; BARLASS, K. A. Results of a producer survey regarding crossbreeding on US dairy farms. Journal of Dairy Science, v. 86, p.4148-54, 2003.



 

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MAURÍCIO MOTA COUTINHO

SERRINHA - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/08/2023

Fazenda São José de Baixo, Serrinha Boa
TRICROS LEITEIRO ,de vacas especializadas.
ANDRÉ THALER NETO

LAGES - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 25/08/2015

Prezado Lucas

Neste caso sugiro que você faça um cruzamento rotacionado. Podes, por exemplo inseminar estas vacas com touro Holandês e touro Jersey na geração seguinte.
Mais detalhes você pode encontrar neste post: https://www.milkpoint.com.br/mypoint/213816/p_cruzamento_entre_holandes_e_jersey_iv_sistemas_de_cruzamento_5289.aspx
LUCAS MIRANDA

CATALÃO - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/08/2015

Boa tarde,

Gostaria de saber o seguinte, tenho vacas jersolando de boa produção entre 20/15 kg elas foram resultado de um cruzamento entre vacas holandesas com touro jersey, qual seria a melhor raça de touro para estar ocupando estas vacas?

Muito Obrigado!
MAURÍCIO MOTA COUTINHO

SERRINHA - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 04/08/2023

Em alguns casos de produção pasto, poderíamos usar o Pardo Suíço,fazendo o Tricros Leiteiro.É o que faço aqui no seminário árido baiano.
Maurício Coutinho, Serrinha -Ba
SARGENTOADILSONPEREIRA@YAHOO.COM

IPATINGA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/07/2013

Boa noite!
Boa noite!

Primeiro parabenizo pelo texto. Logo, tenho uma vaca holandesa que produziu mais de 7.000 kilos de leite em 305 dias. Ainda, chegou ao pico com quase 49 kilos de leite. Ela foi inseminada com um um reprodutor Jersey e nasceu um bezerro macho. Estou querendo deixá-lo para reprodutor. Pergunto se é interessante tal ideia e se estou na caminho certo para usá-lo como reprodutor no meu planteu. Será que vou produzir animais mestiços e sem critérios. Grato Pereira

RICARDO SOARES COELHO

CASCAVEL - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/03/2013

Concordo plenamente com TODAS as afirmativas do sr. Guilherme Alves. na pratica a heterose entre as raças leiteiras não torna os animais mais produtivos.
Acrescento que devemos comparar as produções das cruzas F1 com suas mães puras, não em relação a outros rebanhos de menor produtividade e certamente teremos uma grande redução da produção não compensada ao pagamento por sólidos em muitas regiões do país, o que não acarreta benefícios aos produtores somente aos laticínios.
Se pensarmos nas vendas de animais - uma alternativa fonte de renda - teremos uma grande redução dos valores pagos aos produtores com os mesmos custos de criação.
Já na primeira geração teremos um problema de melhoramento a longo prazo - se inseminarmos com holandês teremos uma grande proporção de distocia ao parto, com inseminação de Jersey uma redução do volume produzido e nova seleção de raças puras já que não temos seleção de touros mestiços HxJ, com um atraso de 20 ou 30 anos de seleção genética.
Em algumas localidades do país não temos ambiente para o conforto das holandesas puras (calor com alta umidade) e possivelmente o cruzamento com Gir possa amenizar os problemas de intermação.
O cruzamento JxH é um retrocesso e não compensa... Mas isso é só minha opinião.
NATÁLIA LUIZA MACHADO

LAGES - SANTA CATARINA - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 02/09/2012

Parabéns professor por essa realização...temos certeza que sua contribuição ao Milkpoint só vem a acrescentar!
Natalia e Daíse
ANDRÉ THALER NETO

LAGES - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 30/08/2012

Prezado Guilherme

Obrigado pela contribuição. Suas experiências, assim como as relatadas pelos demais participantes deste forum, são importantes para a tomada de decisão por parte de produtores e técnicos
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/08/2012

Prezado André Thaler Neto: Já utilizei, há tempos atrás, esta técnica, visando a diminuição do tamanho dos animais e melhor aproveitamento dos mesmos a pasto. Alguns bons pecuaristas agem deste jeito tencionando melhor conforto com a redução do peso e do tamanho das vacas, mas cheguei à conclusão que quase nada ou pouco representa esta teoria se houve uma queda de produção em gerações futuras. Com certeza, a produção não é a mesma dos animais puros, pelo que, os que temos uma propriedade profissionalizada, melhor não se enveredar para esta seara.
Um abraço,

GUILHERE ALVES DEMELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
ANDRÉ THALER NETO

LAGES - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 21/08/2012

Prezado Guilherme

A realidade que está acontecendo em algumas propriedades de pequeno e médio porte aqui do sul do Brasil não é a compra de animais mestiçoes, mas autilização de sêmen de touros Jersey em parte do rebanho Holandês.

Saudações

André Thaler
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/08/2012

Prezado André Thaler Neto: Se o cruzamento se dá entre animnais de produção e progênie altos, o que seria o correto se estamos a falar de evolução genética (objetivo a ser, sempre, perseguido por todos nós, os produtores), não acha você que a diferença de preço entre os animais cruzados e os puros seria pequena, a ponto de não justificar a aquisição ou o manejo? Por exemplo, tenho animais holandêses com alta produção e jerseys de igual quilate. O preço deste material genético, mesmo misturado, seria quase equivalente ao de um animal jersey puro, não justificando a cruza. "Disponibilidade financeira" seria, portanto, requisito, também, para a compra de jersolandos. Entendo haver, neste caso - aquisição de vacas cruzadas - a chamada "economia porca" (rsrsrs).
Um abraço,


GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
FELICIANO JOSE PONTES BARCELOS

SÃO FIDÉLIS - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/08/2012

Excelente trabalho André. Parabéns.
ANDRÉ THALER NETO

LAGES - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 16/08/2012

Prezado Guilherme
Sem dúvido, para o objetivo de aumentar sólidos em rebanhos da raça Holandesa a introdução de um determinado percentual de vacas Jersey pode ser utilizado comsucesso, como o senhor mesmo relata seu sucesso. Este sistema depende obviamente da disponibilidade financeira do produtor em adquirir animais. Entendo que não existe modelo único: o cruzamento é uma alternativa que pode ser interessante para outros. Entendo que as pesquisas devem servir como auxílio à tomada de decisão para a situação particular de cada propriedade leiteira. quanto à questão rusticidade, especialmente voltada às questões de clima tropical, precisamos produzir mais conhecimento científico no Brasil, visto que as pesquisas existentes estão mais voltadas às condições de clima tropical e subtropical, este último predominante aqui no Sul do Brasil
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/08/2012

Prezado André Thaler Neto: Um ponto que merece destaque em sua resposta ao Edmar Cassiano - "as vacas jersolando são animais especializados e, consequentemente, exigentes". Partindo desta premissa, não entendo porque miscigenar, já que, é de sabença meridiana, as raças puras (Holandês e Jersey) são muito mais especializadas e com produções individuais bem superiores ao animais cruzados. A única fonte de justificativa dos cruzamentos seria a maior rusticidade e a menor exigência, que, como você mesmo alerta, não é fato.
Assim, muito melhor seria ter, em rebanhos distintos (sem cruzamentos), vacas jersey e holandêsas puras, misturando, apenas e tão somente, o leite por elas produzido que, ao final, melhoraria as taxas de sólidos no tanque. Este é o sistema que adoto, há mais de cinco anos, com sucesso.
Um abraço,


GUILHERME ALVES CDDE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
=HÁ SETE ANOS PRODUZINDO QUALIDADE=
ANDRÉ THALER NETO

LAGES - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 14/08/2012

Prezado Edmar

Em primeiro lugar, obrigado pelas suas palavras. Talvez eu não seja a pessoa mais indicada para auxiliar no seu questionamento, porque meus trabalhos e pesquisas são voltados para as condições de clima subtropical. Mas, como as vacas Jersolando são animais especializados e, consequentemente, exigentes, é importante que seja feita uma análise profunda das confdições de manejo e alimentação (preferentemente com o auxílio de técnicos que orientam a propriedade) antes de optar pela substituição de animais azebuados pelo cruzamento entre raças especializadas, visto que frequentemente as causas da baixa produção nesta época não estáo relacionadas aos recursos genéticos disponíveis, mas principalmente às condições de manejo e alimentação.
Saudações
ANDRÉ THALER NETO

LAGES - SANTA CATARINA - PESQUISA/ENSINO

EM 14/08/2012

Olá Eduardo
É um prazer ver teu comentário. Concordo contigo quanto a questão dos "critérios" a serem adotados. Em geral, nós ainda temos muitos problemas relacionados a objetivos de seleção em nossos rebanhos, mesmo em animais puros, e isto tende a se agravar quando se trata de tecnologia nova na região. Pretendo abordar este tema com mais profundiade em textos futuros, mas acredito que o maior risco do cruzamento, em termos de melhoramento genético, está relacionado à possibilidade do produtor ser menos criterioso na seleção de touros para a inseminação artificial em relação aos animais puros. Da mesma forma temos o risco de que alguns produtores considerem as vacas mestiças como animais de baixa exigência, oferecendo a eles manejo e alimentação menos adequados. É importante considerar que vacas Jersolanda são vacas leiteiras especializadas e, por tanto, exigentes em alimentação, manejo, etc.
AGRIPOINT CONSULTORIA LTDA

PIRACICABA - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 14/08/2012

Professor André, recebemos os seguintes comentários:

Edmar Cassiano - Uberlândia - MG
Prezados,
Sou representante comercial de cimento no triangulo mineiro e, possuo 39 hctares de terra, sendo um sitio bem localizado a margem da represa CAPIM BRANCO II. Possue 33 vacas girolando, sendo 24 em lactação e, estou com mais de 50% com as vacas em lactação com bezerros já acima de 5 meses. Neste mes, a produção de leite caiu bastante, saindo de 360 ltrs para 290 e, isso está me chamando atenção, pois neste período vem acontecendo, como foi no ano anterior, pois a principio eu só tenho 2 anos tirando leite, ou seja, estou apanhando muito para aprender.
Minha dúvida é: é viável ir trocando meu gado, para um gersolando???

Grato, por vossa atenção
34 9977 6589

Edmar Cassiano - Uberlândia - MG
Como é bom nós produtores, pequeno, médio e grande, ter notícias fresquinhas, que nos possibilitam estar informados diariamente por vocês.
Parabéns pela reportagens aqui explícitas gratuitamente.
Abraços.

Eduardo Peres Neto Seara - SC
Excelente trabalho do Professor André. Parabéns.
A respeito do cruzamento em nossa região Oeste vemos muitas vezes sendo realizado em novilhas holandesas o cruzamento com Jersey. Este cruzamento gerando animais rústicos com bom percentual de sólidos e de excelentes características para a região. O único impecílio que vejo e acredito que os demais também vêem é o aumento de animais mestiços e sem critérios.

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