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Crescem vendas de alternativas ao plástico, mas preço é o maior desafio

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/07/2018

3 MIN DE LEITURA

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Claudio Bastos começou a pensar em alternativas para o plástico muito antes de empresas começarem a abandonar os canudos feitos com o material. Em 2002, o engenheiro decidiu procurar saídas sustentáveis para diminuir o volume do lixo —e acabou criando um negócio. 

A solução estava na mandioca-brava. Fonte renovável, tem uma fécula que é matéria-prima ideal para copos, bandejas e bowls 100% biodegradáveis. “Eu queria fazer um produto bacana, investi anos nisso. Nunca me preocupei em vender”, afirma. Mesmo assim, o negócio deslanchou. 

Desde 2012, sua empresa, a CBPak, cresce quase 100% ao ano. Hoje opera na capacidade máxima —fabrica 1 milhão de unidades por dia— e tem clientes como Google e Uber, que veem sentido em pagar R$ 0,80 num copo biodegradável contra os R$ 0,10 de um de plástico.

Segundo o empresário, é difícil competir em termos de custo com a indústria petroquímica e nem todo o mundo está disposto a pagar mais caro. Empresas de perfil mais moderno, porém, costumam ver o valor agregado na alternativa ao plástico.

Claudio Bastos com os copos que faz na CBPak, em seu laboratório no Rio.

Ele agora busca maneiras de fomentar políticas públicas para incentivar a produção de opções biodegradáveis no setor de embalagens, que movimenta R$ 71,5 bilhões por ano e é dominado pelo plástico, fonte de um terço das embalagens. “Precisamos de medidas decentes para promover o consumo consciente. As pessoas ainda discutem o preço, enquanto vendemos valor”, diz.

Trabalhar a conscientização também é um dos desafios de Patrícia Ponce, sócia de Natália Naime na Bio & Green.

Patrícia Ponce (à esq.) e Natália Naime, sócias da empresa Bio & Green, em seu escritório em SP

Nascida de uma pesquisa na USP, em 2011, a empresa faz vasos biodegradáveis a partir do bagaço da cana de açúcar, um dos resíduos da agroindústria. “Ainda explico muito o que é ser biodegradável e as diferenças entre nosso produto e um convencional”, conta.

Enterrado, um vaso da marca se decompõe em 30 dias e vira adubo —o plástico pode levar até 200 anos. Em cima de uma bancada, ele não tem prazo de validade. O vaso é cerca de sete vezes mais caro que um de plástico. “Clientes que visam exclusivamente o lucro optam pelos produtos de origem petroquímica, não tem jeito. O bem-estar do planeta fica em segundo plano”, analisa. Localizada no Ipiranga, zona sul de São Paulo, a empresa produz 300 mil vasos por mês e em breve fabricará bandejas. As vendas têm crescido a cada ano, diz Patrícia, que não informa o faturamento.

Seus produtos podem ser comprados pelo site da empresa, em lojas de produtos sustentáveis e, a partir deste mês, na rede de lojas para animais Petz. Mesmo assim, as vendas ainda não são suficientes para que a empresa caminhe sozinha.  Patrícia depende de sócios investidores. 

Plásticos solúveis são outra alternativa explorada por empresas brasileiras. Criada em 2013 em Ribeirão Preto, a Hidrossolúvel comercializa um plástico biodegradável que desaparece na água. O material pode ser utilizado na construção civil, na indústria têxtil e na hospitalar. Segundo Mateus Breda, gerente administrativo da empresa, serão vendidas 50 toneladas do material neste ano e a meta é dobrar o número até 2023.

Nas universidades, há estudos com potencial de virar negócio. A química Bianca Maniglia desenvolve desde 2010 um plástico feito a partir de resíduos de açafrão e babaçu que se degrada em até 40 dias. Hoje, ela estuda resistência e rigidez do material em seu pós-doutorado na USP. 

O produto ainda não está pronto, mas testes comprovam que tem potencial de uso na indústria farmacêutica e em embalagens ativas, que interagem com o alimento e ajudam na sua conservação. “Ele precisa ter melhores propriedades mecânicas para ser competitivo”, conclui Bianca.

As informações são do jornal Folha de São Paulo. 

 

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