Ronald Wolters é engenheiro agrônomo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e atualmente é gerente agrícola da propriedade rural da família em Castro/PR, originada do avô, holandês. A fazenda foi desenvolvida fortemente por seu pai, Albertus Wolters, e hoje, conta com a nova geração, a qual Ronald pertence. Em 2016 (relatório de 2017) ocuparam o 7° lugar no Top 100 do MilkPoint (no relatório anterior, estavam na 13ª posição).
Ronald é focado em gestão agrícola e, no Interleite Sul 2017, irá compartilhar a história, a visão e o método deles, que têm permitido sucesso não só na produção e nos resultados, mas particularmente na continuidade do negócio familiar, agora por três gerações ("Gestão da produção de leite em grande escala" no Painel "Olhando para o futuro do leite na Região Sul").
“A fazenda começou com o meu avô, na década de 1950. Sendo mais exato, ele chegou ao Brasil em 1952 com um grupo de imigrantes holandeses. Ele veio da Holanda com apenas três vacas, comprou uma parte da área em Castro/PR e recebeu uma outra área na região. No total, eram 60 hectares, nos quais se aproveitava apenas de 15-20 hectares, pois havia muito mato e muita várzea, além da área estar ainda com campo nativo. Quando ele chegou com o gado da Holanda, a situação aqui era bem precária”, disse.
Aos poucos e, com muita dificuldade, o avô de Ronald foi comprando animais novos, mas também perdeu outros já que o sistema no Brasil era diferente do sistema holandês. “Ele e o grupo de imigrantes não falavam português e isso gerou outras dificuldades, mas, lentamente, eles foram construindo uma cooperativa e isso ajudou muito no desenvolvimento da atividade. Com o passar dos anos meu pai assumiu a propriedade e, com a ajuda da cooperativa e de assistência, o negócio foi crescendo. Atualmente, estou começando a assumir a propriedade e trabalharei junto para dar continuidade ao trabalho”.
Hoje, além do leite, a Agropecuária Tina também trabalha com o plantio de soja, milho e feijão – no verão – e trigo e cevada no inverno. “Iniciamos com a produção de leite e quando meu pai assumiu, ele pensou em diversificar, para não depender das altas e baixas do leite. Na época, ele então iniciou com a suinocultura e começou a expandir a área agrícola. Parte da nossa produção de milho é destinada à alimentação animal”.
Ronald ainda lembra que quando o seu avô trabalhava, a produção de leite era de aproximadamente 4 mil/litros /dia. Atualmente, a produção ultrapassou os 30 mil litros diários, sendo que, no inverno passado chegou a 34 mil litros/dia.
Desde pequeno eu acompanho as produções na fazenda e foi isso que me motivou a dar sequência nos trabalhos.Ronald Wolters“Nós optamos por trabalhar com assistência técnica de qualidade com o intuito de gerar indicadores para que na sequência, o gestor consiga avaliar (junto com o técnico) quais ações devemos tomar. Os indicadores são essenciais, tanto os técnicos, como os financeiros e dos trabalhadores. Tudo isso tem que estar na palma da mão para que decisões certas sejam tomadas”.
Confira o vídeo de Ronald Wolter:
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