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Intestino em alta - Iogurte em alta

ADRIANE ELISABETE ANTUNES DE MORAES

EM 23/06/2015

2 MIN DE LEITURA

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Nossos ancestrais estavam certos, o “intestino é nosso segundo cérebro”. Como foi feita primeiramente essa associação, não sei ao certo. Mas acho que boas pistas foram o próprio aspecto do encéfalo e das alças intestinais que olhadas em conjunto têm alguma semelhança. Outra possibilidade foi a percepção de que muitas emoções são percebidas diretamente no intestino, sejam elas boas como ruins. E muitas vezes emoções fortes são percebidas como perturbadoras do bom funcionamento do intestino, acelerando muito seu fluxo ou ao contrário, causando um “congestionamento geral”.

Gastroenterologistas podem confirmar, o intestino está em alta. Existe um novo enfoque sobre a função do intestino humano, que deixou de ser visto apenas como um tubo digestivo para ser reconhecido como órgão de apoio do sistema imune. Outros destaques são: é órgão com a segunda maior quantidade de neurônios, sendo que destes, 100 milhões de neurônios ligam diretamente intestino ao cérebro. Além disso o intestino é responsável pela produção de cerca de 80% da serotonina circulante em nosso organismo (conhecido como hormônio da felicidade e bem-estar). E para completar, é o único órgão com função independente do cérebro.

Quando comemos bem (uma alimentação balanceada e saudável) o sistema digestivo nos agradece com sensação de bem-estar. O mesmo acontece quando nosso hábito intestinal está regulado. Ficamos de bem com a vida. Infelizmente, o contrário também se observa quando nossa alimentação está cheia de compostos que nos intoxicam e quando alimentação pobre em fibras, falta de exercícios físicos e falta de água, fazem o intestino ficar preguiçoso. Ficamos incômodos e mal-humorados. É o sistema nervoso entérico em ação, sinalizando “curtir” ou “não curtir” nossas escolhas.

E o que o iogurte tem a ver como tudo isso? Acontece que a microbiota intestinal (antigamente conhecida como “flora intestinal”) está intimamente ligada a tudo que acontece no intestino, podendo inclusive influenciar na ocorrência ou prevenção de doenças gastrointestinais. Isso já era de se esperar. Mas a novidade é que essa mesma microbiota quando desequilibrada pode ter papel relevante na depressão, ansiedade e até mesmo no autismo, que são disfunções do sistema nervoso central.
Iogurte probiótico é um auxiliar no aporte de bactérias do bem, que podem ajudar no equilíbrio dinâmico desta população de microrganismos que habitam em nós e harmonizam nosso segundo cérebro que, por sua vez, interfere no seu nobre colega: o “primeiro” cérebro.

Ser feliz é um consenso – todos queremos! Então iogurte probiótico na geladeira de casa é um bom começo!

Referências:

ANTUNES, A. E. C. ; SILVA, E. R. A. ; MARASCA, E. T. G. ; MORENO, I. ; LERAYER, A. L. S. . Probióticos: agentes promotores de saúde. Nutrire (SBAN), v. 32, p. 113-132, 2007.
PALESTRA DANONE, o eixo instestino-cérebro e seu impacto na qualidade de vida.
ZUPPINI A. O intestino é nosso segundo cérebro. https://www.microfisioterapiaabc.com.br/2014/02/o-intestino-e-nosso-segundo-cerebro.html#.VYakFPlViko
 

ARTIGO EXCLUSIVO | Este artigo é de uso exclusivo do MilkPoint, não sendo permitida sua cópia e/ou réplica sem prévia autorização do portal e do(s) autor(es) do artigo.

ADRIANE ELISABETE ANTUNES DE MORAES

Docente da Faculdade de Ciências Aplicadas-FCA/UNICAMP. Graduação em Nutrição (UFPEL), Mestrado em Ciência e Tecnologia Agroindustrial (FAEM/UFPEL), Doutorado em Alimentos e Nutrição (FEA/UNICAMP), Pós Doutorado no TECNOLAT/ITAL.

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ADRIANE ELISABETE ANTUNES DE MORAES

LIMEIRA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 25/06/2015

Prezado Sr. Genecio



Existem fermentos que são de culturas "starters" ou seja, fermentadoras do iogurte, queijo, etc., e culturas que são chamadas probióticas. As primeiras são empregadas para conferir características tecnológicas típicas dos produtos (acidez, aroma, textura) e as segundas não tem esse papel, mas o de conferir benefícios à saúde.



Cordialmente



Adriane
GENECIO FEUSER

PARANAVAÍ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/06/2015

Olá!  Os fermentados seriam os de cultura probiótica?



Obrigado.
ADRIANE ELISABETE ANTUNES DE MORAES

LIMEIRA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 24/06/2015

Olá Helena



Esse é um ponto muito debatido na comunidade científica. As culturas empregadas para fazer iogurte (L. bulgaricus e S. thermophilus) auxiliam na quebra parcial da lactose do produto o que favorece intolerantes a lactose. Mas as culturas reconhecidas como probióticas, apresentam outras atividades mais diretas no trato digestivo. Isso porque as culturas L. bulgaricus e S. thermophilus são selecionadas por critérios tecnológicos (tempo de fermentação, liberação de compostos aromáticos, etc.), enquanto que as probióticas são selecionadas por outros critérios (sobrevivência durante o processo de digestão, competição com bactérias nocivas, produção de citocinas, etc.). Desta forma, efeitos mais diretos na saúde são esperados pelo consumo de culturas probióticas.



Cordialmente



Adriane
HELENA FAGUNDES KARSBURG

SÃO CARLOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/06/2015

Adriane vc considera que somente os pro bióticos tenham este efeito ou os iogurtes  que pela legislação devem conter acima de 100.000.000 de lactobacilos também podem ter o mesmo efeito!?
ADRIANE ELISABETE ANTUNES DE MORAES

LIMEIRA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 24/06/2015

Prezado Sr. Rafael



Agradeço pelo comentário!

Conto com sua ajuda para ajudar na divulgação de informações como essas, visando a valorização dos produtos lácteos.



Cordialmente



Adriane
RAFAEL JESUS

COTIA - SÃO PAULO

EM 24/06/2015

Acredito que artigos como esse deveriam ser pulverizados para a grande massa.



São informações que sustentam o nosso cotidiano em desenvolver novos produtos e melhorar os derivados de lácteos.



Parabéns Adriane. Ótima explanação!

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