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Os pontos críticos de controle clássicos em processamento de leite e laticínios

POR ISABELA MACHADO FERRARI

INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 10/03/2016

2 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 21/09/2022

A aplicação da ferramenta APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle tem como foco controlar tecnologicamente o processo de fabricação, tendo como “pano de fundo” os pré-requisitos, as Boas Práticas. Ou seja, cada etapa do processo pode ou não agregar algum valor ao produto. No entanto, etapas tecnologicamente desenhadas para a segurança do produto devem obrigatoriamente ser controladas com rigor.

Os leitores que têm alguma experiência com a implantação do plano APPCC, sabem quais são os 7 princípios da ferramenta, que resumidamente é composta de Análise de Perigos (identificação dos perigos nas matérias primas e cada etapa do processo) e Estabelecimento do Controle para cada ponto crítico (limites, monitorização e verificação).

Dependendo do tipo de processamento com, por exemplo, mais de 20 etapas, o plano APPCC pode compreender mais de 70 páginas, sendo na sua maioria gastas para a análise de perigos de todas as matérias primas e todas as etapas, bem como com o uso do questionário da árvore decisória para a definição do ponto crítico de controle. Todo plano APPCC deve obrigatoriamente, seguir os passos desta metodologia.

No entanto, relembrando uma definição muito simples do que é PCC – Ponto Crítico de Controle, nos auxiliará de modo significativo, a encontrar e confirmar os pontos críticos de um plano APPCC.

Então, vejamos, o conceito de PCC, segundo o Codex Alimentarius (2003):



Com exceção de produtos como doce de leite e leite em pó, por exemplo, a maioria de produtos de laticínios tem alta perecibilidade.

Os principais perigos associados ao leite são microbiológicos e físicos, como micro-organismos patogênicos e pelos dos animais, terra, e eventualmente algum desprendimento de rebarbas de isolamento de borracha ou similar, dos equipamentos.

A eliminação dos perigos microbiológicos se dá pela aplicação do binômio tempo x temperatura, que ocorre nas etapas de pasteurização, esterilização, estocagem refrigerada e transporte isotérmico. Portanto, pela definição, estes são PCC´s clássicos, ou seja, sempre deverão estar indicados nos planos APPCC.

No curso que ministro sobre APPCC aplicado a leite e derivados, através da Agripoint, mostro vários exemplos práticos de planos APPCC de laticínios e todos eles têm PCC´s nestas etapas. Esta constatação também vêm da minha experiência de mais de 15 anos trabalhando em consultoria de APPCC.

A eliminação de perigos físicos, normalmente se dá em etapas de separação, como filtração, e portanto, etapas de filtração (mas não todas) devem ser PCC´s. Etapas como detecção de metais, pelo mesmo raciocínio, são PCC´s. Neste mesmo curso que ministro, apresento vários planos práticos de processamento de laticínios, que mostra esta evidência.

Portanto, quando elaboramos um plano APPCC, devemos seguir todos os passos, mas nunca devemos esquecer do conceito de PCC, o que nos auxilia significativamente na consolidação do plano, em suas bases científicas e lógicas.

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ISABELA MACHADO FERRARI

Engenheira Química, Mestre em Bioprocessos Industriais e Biotecnologia. Trabalha nas áreas de gestão da produção e tecnologia de processo, garantia da qualidade, desenvolvimento de novos produtos e projetos de indústrias de alimentos e agroindústrias

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RENATA MUNIZ

PITANGA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 28/09/2018

Tenho dúvidas na elaboração do APPCC em uma fábrica prestadora de serviços de fatiação. Haja visto que neste processo, não há etapa alguma que visa a diminuição ou eliminação da carga microbiológica do produto.
SILVIO

PALMAS DE MONTE ALTO - BAHIA - ESTUDANTE

EM 15/03/2016

Será mesmo que a estocagem refrigerada e o transporte isotérmico podem prevenir ou eliminar um perigo microbiológico (patógeno)?

Considerando que etapas anteriores de tratamento térmico já eliminaram 100% dos patógenos, a estocagem e transporte são apenas PC.  Assim, essas etapas influenciam diretamente a qualidade e identidade do produto, e não o controle ou eliminação de patógenos.
LEANDRO DE SOUZA

URUAÇU - GOIÁS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 04/02/2015

Ótimo!! A qualidade deve estar impregnada na industria!!!
JOSÉ CLAUDIO FERREIRA DE PAIVA

ARAPIRACA - ALAGOAS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 03/02/2015

Muito bom esse questionário sobre a ferramenta APPCC.

E a explicação da engenheira sobre a ferramenta aplicada em fabrica de laticínios

também esta muita legal. Valeuuuu...


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