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Setor de alimentos investe em kits para preparo de refeições

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 08/12/2016

5 MIN DE LEITURA

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Em busca de novas formas de lucrar com ingredientes que elas já produzem, grandes empresas da indústria de alimentos começam a copiar o modelo de “startups” no mercado de kits para o preparo rápido de refeições.

kits para o preparo rápido de refeições

Essas startups, que enviam aos assinantes de seus serviços caixas com receitas e os ingredientes necessários para uma refeição familiar mais sofisticada, estão ganhando popularidade nos Estados Unidos, onde os consumidores têm se afastado de alimentos processados e se interessado mais pela origem do que comem. Agora, gigantes americanas como a Tyson Foods Inc., Campbell Soup Co. e Hershey Co. estão trabalhando com transportadoras especializadas nas entregas do varejo on-line para entrar nessa seara.

Os fabricantes de alimentos embalados, como a Campbell, e carnes in natura, como a Tyson, esperam se ajustar a essa mudança dos hábitos do consumidor que deu impulso a startups como a Blue Apron e a HelloFresh — que compram seus ingredientes diretamente de agricultores locais. A chegada desses rivais endinheirados com seu portfólio repleto de produtos já existentes pode abarrotar um mercado de nicho nascente que já mostra sinais de exaustão.

Pelo menos seis startups de entrega de kits para o preparo de refeições fecharam ou se reestruturaram este ano depois de não conseguir recuperar os custos de criar uma empresa de alimentos do zero. Nos EUA, investidores gastaram US$ 177,5 milhões em firmas de entrega de kits e alimentos este ano, segundo dados da Dow Jones VentureSource. É menos da metade dos US$ 403 milhões investidos em 2015. 
setor de alimentos - kits - refeições

“Muita gente quer descobrir o Uber da comida”, diz Gregory Chang, investidor da Din, startup que fechou em outubro após 18 meses vendendo kits de refeições inspiradas em menus de restaurantes famosos de San Francisco. “Há muitos pontos na cadeia de valor onde as coisas podem ruir.”

O mercado ainda é pequeno. Apenas 3% dos consumidores entrevistados em maio pela firma de pesquisa NPD Group provaram um kit de refeição. Eles custam US$ 10 em média, enquanto muitos consumidores cozinham gastando em média US$ 4 por pessoa em uma refeição.

Mas as barreiras de entrada são relativamente baixas para os grandes fabricantes de alimentos, que têm sido forçados a mudar para combater a percepção de que seus produtos são menos frescos e de menor qualidade que aqueles oferecidos por um novo leque de marcas naturais e orgânicas.

A nova estratégia pode valer a pena, já que os consumidores jovens vêm gastando menos com essas marcas nos supermercados. Pesquisa feita em janeiro pela Technomic, firma que monitora este setor, mostrou que 54% dos consumidores inclinados a experimentar os kits de preparo de refeições previram que cortariam os gastos com supermercado.

“Nós não queremos que os kits de refeição continuem afetando as nossas vendas”, diz Cheryl Bersin, gerente de tecnologias emergentes e comércio eletrônico da ConAgra Foods Inc., gigante na fabricação de produtos enlatados. As vendas nos supermercados responsáveis por cerca de 85% das vendas da ConAgra vêm caindo por três anos consecutivos. 

Em junho, a ConAgra se uniu ao varejista on-line Peapod, da rede de supermercados Ahold USA, para vender kits de refeições de frango com quinoa e macarrão com abobrinha. Os dois incorporam produtos como tomates enlatados que a ConAgra normalmente vende nos supermercados. “Os kits de refeições são um passo da estratégia necessária para combater a ameaça mais ampla do comércio eletrônico e dos supermercados on-line”, diz Diana Sheehan, diretora da firma de pesquisa Kantar Retail.

A fabricante de chocolates Hershey lançou, em setembro, kits de sobremesas em conjunto com a startup Chef’d, no Facebook Live. Alguns vídeos de preparação de alimentos da joint venture têm atraído milhões de visualizações. No mesmo mês, a Tyson Foods lançou kits na Amazon Fresh, a divisão de venda de alimentos frescos da Amazon, para transformar carne de frango e bovina em ensopados e assados. A Tyson também tem outra linha de kits em supermercados e lojas de conveniência.

“Isso poderia ser extremamente lucrativo porque a Tyson já tem a proteína disponível em casa”, diz John Anderson, diretor de pesquisa de alimentos e bebidas do grupo de investimentos Franklin Resources Inc. A Campbell também está usando a infra-estrutura da Peapod para entregar kits para o preparado de empadão de frango com o uso de sua sopa de frango e caldo de legumes.

Dominik Richter, diretor-presidente da pioneira dos kits para o preparo de refeições caseiras, a alemã HelloFresh, diz que não está preocupado com o risco de que grandes empresas de alimentos a tirem do setor que ajudou a criar.

Há seis anos, a HelloFresh e rivais como a Blue Apron sequer existiam. Agora, mais de 150 empresas competem no mercado americano, e faturam US$ 1,5 bilhão ao ano, informa a firma de pesquisa Packaged Facts.

“É sempre o melhor produto que vence. Nós não estamos com medo de ninguém que entre no mercado”, diz Richter. A HelloFresh deve registrar uma receita de US$ 600 milhões este ano, diz ele, o dobro do que faturou em 2015. Mas a empresa perdeu 71 milhões de euros (US$ 75 milhões) antes de juros e impostos nos primeiros nove meses de 2016, ao investir na construção de sua base de clientes de forma rápida, segundo a financiadora de startups Rocket Internet SE.

O diretor-presidente da Blue Apron, Matt Salzberg, não informou se sua empresa é lucrativa ou não. Líder do mercado americano, a Blue Apron tem enfrentado dificuldades com a escassez de ingredientes e questões trabalhistas que a levaram a cortar laços com três agências de empregos diferentes.

Algumas startups estão colocando suas apostas na diversificação da distribuição em supermercados além dos serviços de entregas.

A rede de supermercados especializada em alimentos orgânicos Whole Foods começou a vender, em outubro, os kits de refeições vegetarianas Purple Carrot por U$ 20. Antes, eles só eram vendidos diretamente a clientes. Mark Bittman, que escreve sobre comida e é sócio da Purple Carrot, diz que ainda não está convencido de que os consumidores tornarão os kits de refeição um hábito permanente, seja quem for a empresa.

“Eu tenho previsto que a culinária caseira terá um retorno [nos EUA] há 30 anos, e eu tenho errado há 30 anos”, diz ele.

As informações são do The Wall Street Journal. 
 

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