Por outro lado, a cooperativa decidiu aplicar um corte no seu pessoal. Com um total de 4.000 funcionários, está prevista uma redução superior a 500 postos por meio de diferentes alternativas de desvinculação.
Com parte dos 450 milhões de pesos (US$ 28,09 milhões) que o governo argentino já deu por meio de um fideicomisso, a empresa começou a regularizar uma dívida enorme que tem com produtores, funcionários e fornecedores de insumos. E isso está tomando medidas para incorporar sócios, como votado na assembleia. Já houve contatos com a Lactalis (França) e com a Fonterra (Nova Zelândia), e haverá um maior intercâmbio nas próximas semanas. O Grupo Lala (México) também avisou de seu interesse, apesar de seus gerentes não estarem no país para falar com os executivos da SanCor. A uruguaia Conaprole disse que gostaria de começar as conversações, mas a SanCor considera que não teria estrutura suficiente para uma operação desta natureza.
Para a operação, o critério considerado é que o possível comprador, que faria o acordo através de uma sociedade anônima, teria 70% do controle dos ativos, contra 30% que conservaria a cooperativa de produtores. Nenhuma operação deve ser concluída antes das eleições de outubro.
A empresa tem quatro plantas totalmente inativas: Moldes e Brinkmann (Córdoba), Centeno (Santa Fé) e Charlone (Buenos Aires). Essas plantas permanecerão fechadas e só alguma delas poderia reabrir se a empresa conseguir recuperar parte do volume perdido de leite. Vale lembrar que de um nível de processamento diário acima de três milhões de litros, a empresa caiu para 700.000 litros por dia.
A Sancor precisa recuperar os volumes de leite para ser atraente para os investidores. Embora para essas plantas também haja a possibilidade de vendê-las separadamente, nos últimos dias, prevaleceu o critério de deixá-las fechadas e enfrentar uma possível venda em um desprendimento geral dos ativos da empresa.
Após a última assembleia, decidiu-se que a SanCor buscaria se desprender dos 10% que ficou do negócio de produtos frescos (iogurtes, pudins e cremes) depois de no ano passado vender 90% ao grupo Vicentín por US$ 100 milhões. Esta operação foi feita após a criação da sociedade Alimentos Refrigerados (ARSA) e, além disso, do controle do negócio; a Vicentín ficou com duas plantas e 500 funcionários. A SanCor assumiu não só o fornecimento de leite, mas de logística. Quase um ano depois dessa operação, circularam versões sobre curtos-circuitos entre as duas empresas. Na verdade, à SanCor agora não interessaria ceder os 10% restantes.
Em 08/06/17 – 1 Peso Argentino = US$ 0,06244
16,0059 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
As informações são do La Nación, traduzidas pela Equipe MilkPoint.