Nesse cenário, o resultado (sobras, equivalente ao lucro das cooperativas) da Frimesa foi de R$ 51,8 milhões no ano passado, queda de 20,5% na comparação com as sobras de R$ 65,2 milhões de 2015. O desempenho também ficou abaixo das projeções iniciais da cooperativa, que esperava um resultado de R$ 77 milhões, afirmou o presidente da Frimesa, Valter Vanzella.
De acordo com o dirigente, o resultado foi "satisfatório", tendo em vista o contexto. Para a Frimesa, sustentar as associadas – as cooperativas C. Vale, Copacol, Lar, Copabril e Primato – é uma missão, mesmo porque as associadas são as donas da própria Frimesa. "Tem que repassar um valor que cubra os custos dos cooperados", explicou.
Em termos de vendas, porém, a Frimesa registrou crescimento. Em 2016, o faturamento da cooperativa somou R$ 2,56 bilhões, alta de 15% sobre os R$ 2,23 bilhões do ano anterior. Para 2017, a expectativa da Frimesa é faturar em torno de R$ 3 bilhões.
Atualmente, o negócio de carne suína representa quase 70% do faturamento da Frimesa – o setor de lácteos responde pelo restante. Segundo o dirigente, o mercado interno é o principal da cooperativa, sobretudo com as vendas processados – como linguiça, presunto. No mercado externo, a cooperativa obteve 14% do faturamento.
Com o frigorífico de suínos operando quase a plena capacidade – com abates de 6,9 mil suínos por dia -, a Frimesa se prepara para iniciar a construção de um novo abatedouro. Já anunciada, as obras da planta que será erguida em Assis Chateaubriand (PR) começarão em maio, previu Vanzella. A expectativa é que a unidade entre em operação em 2020, segundo ele.
As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint.